Abracadabra 2 - Crítica do Chippu
A sequência é a nostalgia que precisávamos para encher os nossos corações de felicidade
Crítica
Abracadabra é um dos clássicos quase obrigatórios para assistir no mês das bruxas. E a sequência, lançada 29 anos após o original, é até o momento, uma das melhores produções feitas pela Disney nos últimos tempos.
Winifred (Bette Midler), Mary (Kathy Najimy) e Sarah (Sarah Jessica Parker) retornam à Salem após duas adolescentes (Whitney Peak e Belissa Escobedo) acenderem a vela de chama negra na noite do Halloween. Mas antes da nova história começar, voltamos ao passado e conhecemos as versões jovens das irmãs Sanderson, que apresentam perfeitamente uma parte que não conhecíamos destas bruxas. Mesmo crianças, elas conseguem transmitir todos os traços de personalidade das nossas bruxas favoritas da Disney, além de destacar a importância do companheirismo do trio.
É divertido ver como Abracadabra 2 cria comédia em torno do choque de realidade das Sanderson em pleno século 21. É claro que pessoas nascidas há quatro séculos ficariam completamente abismadas com portas automáticas, um drone com Led e telefones celulares. E a forma que as personagens reagem aos aparelhos tecnológicos é de cair em gargalhadas.
Mesmo após tantos anos do primeiro filme, as atrizes continuam com uma química fenomenal. Já no primeiro segundo, elas trazem as personagens de volta à vida e assim permanecem até os minutos finais. Mas é claro que o longa, mesmo que muito bom, não consegue superar o original. Este serve como um lindo legado para os fãs e ao elenco. Os novos nomes, mesmo exibindo uma química muito boa, não chegam perto da diversão que tínhamos assistindo ao grupo de crianças do primeiro.
Um outro retorno muito divertido é o do espantalho Billy Butcherson (Doug Jones). Descobrimos seu verdadeiro motivo para odiar Winifred e suas duas terríveis irmãs. Focado em se aliar com os que estão contra o trio, infelizmente, ele não tem muito tempo de tela, mas todas sequências lhe envolvendo são deliciosas de assistir.
Fazia muito tempo em que não me sentia tão feliz vendo um filme tão parecido com aqueles que assistimos no especial Abracadubro da Disney Channel, programação que acontecia durante o mês das bruxas. Abracadabra 2 trouxe uma nostalgia das mais calorosas que já senti, afinal o primeiro era o meu filme favorito quando criança - e junto com A Casa Monstro, um dos que mais me assustava
É claro, senti saudades de Dani e Binx, a dupla mais improvável do primeiro longa, formada por uma criança de pré-escola e um gatinho encantado, e infelizmente a continuação não é dirigida pelo icônico Kenny Ortega, e sim, Anne Fletcher, responsável por divertidos chick flicks dos anos 2000. A diretora, contudo, conseguiu acender uma chama de felicidade nos fãs do clássico de Halloween.
Abracadabra 2 deixa uma brecha para o retorno das irmãs Anderson em um terceiro filme, mas sinceramente, o medo de trazerem mais sequências para esta ótima história é real. A continuação acertou, mas não é preciso exagerar.
Nota: 4/5