
5 Diretoras que Representam o Futuro do Cinema
Kitty Green, Joanna Hogg e outras cineastas mudando o cenário

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Ainda há muito trabalho a se fazer para dar às mulheres mais espaço no cinema. De acordo com um estudo do Centro Para o Estudo de Mulheres em Filme e Televisão, dos 250 filmes de maior bilheteria no ano, apenas 17% têm diretoras mulheres e só 25% da força operária da indústria cinematográfica é formada por mulheres. Isso representa um crescimento em relação a 2020 (23%), mas o progresso ainda é lento.
Alguns nomes estão à frente desse avanço e merecem ser destacas. Além de cineastas já estabelecidas como Jane Campion e Kathryn Bigelow, novas vozes estão dominando premiações e mostrando seu potencial. Algumas, como Chloé Zhao (Nomadland) e Greta Gerwig (Adoráveis Mulheres) você já conhece, mas há mais artistas dignas de atenção mesmo com poucos filmes no currículo. A hora de conhecê-las é agora.
Kitty Green - Veterana do mundo de documentários, a australiana de 38 anos recentemente começou a trabalhar no mundo da ficção, mas ainda firmada na realidade. Seu longa de 2019, A Assistente, com Julia Garner, é um dos - se não o melhor - filme tratando do movimento #MeToo e do constante mal trato de mulheres na indústria do cinema, Com um drama mais quieto, mas não menos brutal, ela capturou nuances perdidas em projetos mais chamativos (mas dirigidos por homens) como O Escândalo.
Joanna Hogg - Secretamente, uma das melhores "franquias" do cinema recente é The Souvenir. Mas essa palavra não é adequada. Em dois filmes, Hogg contou sua história como cineasta, passando pelo amadurecimento como mulher e artista, com tons de Bergman e Allen, mas acima de tudo com uma perspectiva única, reconhecendo os momentos-chave da vida e traduzindo-o para as telas graças à incrível colaboração com Honor Swinton Byrne e sua mãe, Tilda Swinton.
Lulu Wang - Assista a A Depedida (The Farewell), comédia dirigida por Wang com Awkafina no papel principal, em 2019, e procure um filme que mostra mais controle absoluto das emoções de sua audiência, nos levando do choro ao riso em poucos minutos e, no caso do seu final memorável, de um corte para o outro. Premiado como Melhor Filme no Spirit Awards, este filme é um vislumbre do que ela é capaz, do seu talento para compor cenas e usar atores de maneira profundamente eficaz.
Nia DaCosta - As três primeiras diretoras dessa lista trabalham mais em filmes menores ou independentes. DaCosta, porém, é a rara mulher a brincar nos mais altos níveis de Hollywood. Ano passado, ela renovou uma esquecida franquia de terror com A Lenda de Candyman e em 2023 será a mais nova cineasta do MCU com The Marvels. Com um olho para o espetáculo e outro para o comentário social, ela tem tudo para se manter no holofote.
Bárbara Paz - Como o restante do mundo, o Brasil também precisa investir mais em suas diretoras de cinema, e um bom nome para fazer isso é Bárbara Paz. A atriz-diretora mostrou muita maturidade e complexidade artística em seu documentário sobre seu marido, o falecido diretor Hector Babenco, retratando os últimos dias do cineasta vivo. Babenco não conseguiu a indicação ao Oscar de Melhor Filme Internacional, mas representa o potencial do cinema nacional por olhos femininos.
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