A Casa do Dragão: Segundo de Seu Nome - Crítica Com Spoilers

A Casa do Dragão: Segundo de Seu Nome - Crítica Com Spoilers

Apesar do bom final, terceiro episódio aumenta as tensões entre os Targaryen em fogo baixo

Bruno Silva
4 de setembro de 2022 - 5 min leitura
Notícias


Após apresentar seus personagens e colocar as peças no tabuleiro em seus dos primeiros episódios, A Casa do Dragão deixa o terceiro capítulo conduzir a história em uma das práticas mais tradicionais da televisão (para o bem ou para o mal): a de segurar o desenvolvimento da trama até o último minuto possível.


Mas, antes de dissecar o gancho deixado pelo primeiro episódio da série derivada de Game of Thrones a ir ao ar após a estreia de O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder - acredite, as comparações serão inevitáveis -, a produção da HBO não dá a melhor das suas demonstrações de força, ainda que as poucas cenas de ação impressionem nos efeitos especiais e na exibição das impressionantes criaturas sob o controle da casa Targaryen.


Mais uma vez, temos um salto temporal, desta vez de dois anos após o casamento do rei Viserys (Paddy Considine) com a jovem Allicent Hightower (Emily Carey). A relação deu fruto a um filho, Aegon, e uma segunda criança está a caminho. A novidade, claro, muda mais uma vez as expectativas do reino sobre a sucessão de Viserys, já que ele apontou a filha Rhaenyra (Milly Alcock) como sua herdeira.


Mudaram, também, os relacionamentos entre os principais atores da corte, e o terceiro episódio foca muito nessas ligações. Antes melhores amigas, Rhaenyra e Allicent se afastam com o casamento real e o nascimento de Aegon. Já Daemon Targaryen (Matt Smith), rompido com o rei, mergulha no conflito entre o Engorda-Caranguejos (Daniel Scott-Smith) e o lorde Corlys Velaryon (Steve Toussaint), em uma guerra que vem sendo ignorada pelo rei desde o início da série.


O terceiro episódio segue deixando o conflito em banho-maria, já que boa parte da trama se passa em um festival de caça realizado para honrar o segundo aniversário de Aegon. A relação desgastada entre Viserys e Rhaenyra acaba tomando boa parte do tempo, com a jovem se rebelando contra seus deveres reais e abandonando a cerimônia, para passar um tempo isolada na floresta, tendo como companhia apenas seu protetor, Criston Cole (Fabien Frankel).


Enquanto isso, o inevitável casamento de Rhaenyra é o principal assunto no festival, com diversas casas oferecendo suas vantagens ao rei para obter a mão da princesa. Aqui, A Casa do Dragão tenta se valer de uma das principais forças de Game of Thrones, a política e as intrigas entre as diversas famílias reais, mas o efeito não é o mesmo da série anterior pelo simples fato de que o protagonismo está totalmente concentrado nas mãos de poucos personagens.


Por mais que tenhamos nomes importantes no universo de Game of Thrones como os Lannister, na figura de Jason (Jefferson Hall), competindo pela mão de Rhaenyra, a montagem das intrigas e do enredo até aqui não é tão expansiva, o que acaba diminuindo uma das maiores forças da escrita de George R.R. Martin nesta adaptação. Por enquanto, é preciso esperar que o tempo passe, para esperar mudanças significativas.


O ponto alto acaba ficando com a sequência final do episódio, quando Viserys enfim decide ajudar os Velaryon a derrotar o Engorda-Caranguejos de uma vez por todas. Ao receber a carta que sinaliza a chegada dos reforços, no entanto, Daemon surta com a possibilidade de ser visto (mais uma vez) como um fracassado e parte em um plano suicida, invadindo a costa inimiga sozinho.


A sequência de ação é tranquilamente o ponto alto do episódio, na qual um Daemon tomado pela raiva - novamente com um show de atuação por parte de Matt Smith, de longe o ponto alto da série até o momento -, finge procurar uma trégua com o oponente, para então partir para cima. A ação, no entanto, é curta e contida em poucos espaços, ainda que os efeitos especiais com a chegada dos dragões impressionem.


No entanto, a sequência é pouco para A Casa do Dragão empolgar. Ainda muito tímida em explorar os elementos que atraem o público para este universo, a série derivada de Game of Thrones continua em um começo morno, que dificilmente fará a série caminhar para além de um público já conquistado. E, com a chegada de O Senhor dos Anéis, a concorrência promete ser ainda mais acirrada.

a-casa-do-dragão
game-of-thrones
hbo
hbo-max
review
crítica
recap

Você pode gostar

titleHBO

Succession | Criador anuncia novo projeto na HBO

Novo projeto de Jesse Armstrong será um filme

Igor Pontes e Matheus Ramos
13 de janeiro de 2025 - 1 min leitura
titleDC Studios

Pinguim | Showrunner descarta teoria sobre o Espantalho estar na série

Lauren LeFranc desmente teoria sobre personagem de Theo Rossi

Matheus Fiore e Matheus Ramos
6 de janeiro de 2025 - 1 min leitura
titleSéries e TV

A Casa do Dragão e The Boys foram séries mais pirateadas de 2024; veja o top 10

Max e Prime Video lideram o ranking de produções distribuídas ilegalmente

Pedro Henrique Ribeiro e Matheus Ramos
3 de janeiro de 2025 - 1 min leitura
titleHBO

Duna: A Profecia | Showrunner confirma morte chocante do fim da 1ª temporada

Alison Schapker afirmou que personagem se despediu no último episódio

André Zuliani e Matheus Ramos
24 de dezembro de 2024 - 1 min leitura