Em mais um capítulo da batalha judicial entre Amber Heard e Johnny Depp, o chefe da DC Comics no cinema, Walter Hamada, admitiu no tribunal que a atriz quase foi cortada de Aquaman 2.

Em depoimento à Justiça americana nesta terça-feira (24), Hamada confirmou que o estúdio demorou a recontratar Heard para a continuação de Aquaman, conforme alegado pela atriz. No entanto, o executivo afirmou que as alegações de abuso de Heard contra Depp não tiveram nenhum impacto nas decisões do estúdio.

"Eles não tinham muita química juntos. Editorialmente eles conseguiram fazer a relação (entre Aquaman e Mera) funcionar no primeiro filme, mas havia uma preocupação de que foi preciso muito esforço para chegar lá", disse Hamada (via Variety).

De acordo com o executivo, boa parte da 'química' entre os dois atores foi criada na pós-produção, o que, segundo ele, não é tão raro em Hollywood. "Você sabe quando vê, e a química simplesmente não estava lá", afirmou Hamada.

Hamada também negou que Heard teria tido seu papel significativamente reduzido desde as acusações de abuso, afirmando que a participação da atriz estava planejada desde 2018. De acordo com o executivo, Aquaman 2 será focado na relação entre o herói com seu meio-irmão, Orm (Patrick Wilson), que devem unir forças para enfrentar o Arraia Negra (Yahya Abdul-Mateen II).

Por outro lado, Jason Momoa e o diretor James Wan teriam lutado internamente para manter Heard no filme, de acordo com Kathryn Arnold, que foi ouvida pela Justiça na última segunda-feira (23).

Segundo Arnold, que se descreve como consultora da indústria e foi chamada pela defesa de Heard, houve um esforço da Warner para tirar a atriz do filme. "Havia conversas para que o contrato não fosse renovado. A equipe dela lutou muito e, no fim das contas, ela foi recontratada, não apenas pelo esforço de seu time, mas também porque Jason Momoa e James Wan estavam comprometidos com ela", disse a depoente.