Crepúsculo mudou a minha vida, mas eu não consigo mais assistir aos filmes

Crepúsculo mudou a minha vida, mas eu não consigo mais assistir aos filmes

Crepúsculo completa 15 anos de estreia e a história não envelheceu bem

Bruna Nobrega
22 de novembro de 2023 - 4 min leitura
Notícias

Foi em 21 de novembro de 2008 que Crepúsculo chegou aos cinemas norte-americanos, há exatos 15 anos. No Brasil, o filme chegou um mês depois, mas já começou a chamar minha atenção desde que eu vi o pôster pela primeira vez exibido em um banner do lado de fora de um shopping em São Paulo.

Eu não sabia muito sobre o que era a história, mas, no auge dos meus 11 anos, fiquei encantada com o ar de mistério entre o abraço de Robert Pattinson e Kristen Stewart naquele cartaz. Algumas semanas depois, minha prima trouxe um DVD de meios alternativos para a gente assistir no projetor que minha avó tinha em casa. Pronto, foi amor à primeira vista.

Dali em diante, foram pelo menos mais quatro anos de puro surto. E quando eu digo surto é nível obsessão. Eu li todos os livros mais de sete vezes (depois parei de contar), vi todos os filmes pela primeira vez naquelas sessões de pré-estreia à meia-noite (saudades, inclusive), decorei todos os diálogos (que sei até hoje), criei fã-clube no Twitter, comprei merch (Funkos e colecionáveis? Jogo de tabuleiro? Lençol e fronha com a cara do Edward? Tenho tudo) e, no meu aniversário de 15 anos, ainda tive a oportunidade de ir para Los Angeles para ficar no tapete vermelho da première de Amanhecer - Parte 2 (olha que bonitinha essa bebê com o Carlisle e a Esme Cullen).

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Foi uma jornada intensa de fã que acabou moldando toda a minha vida. Depois que eu li Crepúsculo, me tornei uma leitora ávida de vários outros tipos de livros. O amor por Robert Pattinson e Kristen Stewart me fez maratonar toda a filmografia deles, de O Quarto do Pânico a Poucas Cinzas: Salvador Dalí, e me tornar ainda mais próxima do cinema. Quando eu assistia às entrevistas do elenco, pensava: "é isso que eu quero fazer um dia". Corta para 2023: trabalho com jornalismo de entretenimento há seis anos.

Ainda hoje, o carinho pela saga é gigante, e eu continuo aguardando ansiosamente pelo lançamento de cada produção estrelada pelos protagonistas e fico feliz por suas conquistas. Mas, desde 2016, não assisto mais aos filmes de Crepúsculo.

Este foi o ano em que decidi maratonar os cinco longas em sequência, um por dia, para relembrar os velhos tempos. O resultado? Decepção. Não por achar vergonhosa a pele do Edward brilhando no sol, ou por achar a Bella sonsa (eu ainda hoje defendo que a Kristen trouxe a atuação que a personagem precisava), mas pela bizarrice e todas as problemáticas da própria história.



É uma adolescente de 17 anos se apaixonando por um cara, que apesar de ter uma aparência de 17, tem 109 (!). Do tempo entre Crepúsculo até Amanhecer, pouco mais de um ano se passa na história e, quando Bella completa 19 anos, ela já está casada, com filha e transformada em vampira. É difícil enxergar o romantismo agora, pensando logicamente.

Isso sem contar na clara depressão que a Bella entra quando Edward vai embora, que não é abordada seriamente; no assédio que ela sofre de Jacob e que é quase visto como piada; e em atitudes como o Edward desmontando o carro dela para que ela não vá ver o lobisomem - que nem mencionada direito é.

Os pequenos detalhes começaram a me perseguir e se tornaram impossíveis de ignorar. Então, para preservar a memória da saga que mudou a minha vida, eu decidi que, às vezes, é melhor deixar os nossos filmes favoritos no passado.

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