Disney+ fecha último trimestre de 2022 perdendo 2.4 milhões de assinantes e Bob Iger promete mudanças grandes
Culpado do cancelamento foi a queda de assinantes na Índia, onde o serviço perdeu os direitos de transmitir críquete
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Pela primeira vez em sua história, o Disney+ terminou um trimestre com menos assinantes do que começou. O serviço de streaming do Mickey fechou os últimos três meses de 2022 com uma queda de 2.4 milhões de assinantes. Ou seja, houve mais cancelamentos do que novas assinaturas.
O principal culpado é o Disney+ Hotstar, versão do serviço disponível na Índia e outros países da Ásia. 3.4 milhões de cancelamentos vieram da região. A queda era esperada, já que a plataforma perdeu os direitos de transmissão do críquete, esporte mais popular com o público indiano.
Nos Estados Unidos e Canadá, o Disney+ adicionou 200 mil assinantes. A renda de serviços direto ao consumidor da Disney cresceu em 13% para US$ 5.3 bilhões, mas seu prejuízo operacional também subiu em 78%, totalizando US$ 1.05 bilhão. A Disney atribuiu o crescimento desse último número aos gastos mais altos de conteúdo e tecnologia no Disney+, Hulu e ESPN+.
De qualquer forma, Bob Iger, CEO que voltou ao comando da Disney após a saída de Bob Chapek, planeja grandes mudanças. "Após um primeiro trimestre sólido, estamos embarcando numa transformação significativa, uma que irá maximizar o potencial de nossos times criativos de alta classe e nossas marcas e franquias inigualáveis. Acreditamos que o trabalho que estamos fazendo para reconfigurar nossa empresa ao redor de criatividade, enquanto reduzimos gastos, vai levar ao crescimento sustentável e rentabilidade para nosso negócio de streaming, e nos dará uma posição melhor para lidar com obstáculos futuros e desafios da economia global, e entregar valor para nossos acionistas.
A empresa continua prevendo que o Disney+ se tornará rentável no ano fiscal de 2024. Iger, entretanto, já iniciou as mudanças anunciando o corte de 7 mil empregados como parte de um esforço para economizar US$ 5.5 bilhões em gastos. Destes, pelo menos US$ 3 bilhões virão de diminuições na produção de conteúdo.