Divertida Mente 2: Psicólogas explicam como funcionam as novas emoções de Riley na vida real

Divertida Mente 2: Psicólogas explicam como funcionam as novas emoções de Riley na vida real

Na sequência, Riley está passando pelas dificuldades da adolescência

Camila Ferreira
5 de julho de 2024 - 5 min leitura
Notícias

Em Divertida Mente 2, vemos a Riley saindo da infância e entrando na adolescência. Com isso, o botão da puberdade é ativado, e algo muda na vida da garota para sempre. Chegam novas emoções: Ansiedade, Inveja, Tédio, Vergonha e Nostalgia, e tudo que ela conhece e entende sobre si passa a ser questionado.

Para entender um pouco mais sobre essa nova fase da vida e emoções da personagem, o Chippu conversou com as psicólogas Ana Vieira e Natália Macario, do @psicoilustrando para saber, primeiro, se essas emoções só surgem mesmo na adolescência.

“Essas emoções estão presentes desde a infância, porém a forma que elas são expostas ocorrem de acordo com o desenvolvimento neurocognitivo e emocional da fase,” disseram as profissionais. “Por exemplo, crianças pequenas podem experimentar e expressar emoções como a ansiedade ao se separar dos pais diante do período escolar, vergonha e retraimento em situações sociais, entre muitas outras.

“À medida que elas crescem e amadurecem, suas interações sociais e sua visão de si mesmas se tornam mais precisas, e esse amadurecimento pode tornar as emoções mais intensas e difíceis de entender e gerenciar,” adicionaram.

Enquanto no primeiro filme da Pixar a Alegria comandava a sala de controle da garota, agora esse lugar é disputado com a Ansiedade, que chega com diversos cenários hipotéticos do pior que pode acontecer. Esse sentimento, na vida real, também tem o poder de nos deixar apenas com pensamentos negativos, “a ansiedade passa a ser intensa e desproporcional ao real perigo, causando um ciclo de pensamentos catastróficos, emoção cada vez mais intensa, comportamentos disfuncionais, e muito sofrimento,” elas nos explicaram. “A ansiedade pode se tornar patológica quando atinge níveis intensos e persistentes, interferindo significativamente na vida diária de uma pessoa”.

Infelizmente, a ansiedade é um transtorno que uma grande parte da sociedade tem que lidar no dia-a-dia, e como vemos no filme, não algo é fácil principalmente para uma adolescente que está tentando entender todas as mudanças em seu corpo, rotina e preocupações que antes não existiam, contudo, “nem sempre nossa interpretação sobre as situações são fiéis à realidade, e o que acontece é que a ansiedade passa a ser intensa e desproporcional ao real perigo, causando um ciclo de pensamentos catastróficos, emoção cada vez mais intensa, comportamentos disfuncionais, e muito sofrimento,” elas disseram

As psicólogas afirmam que existem diversas estratégias para lidar com essa emoção, “mas uma de nossas estratégias favoritas é a Técnica de Respiração Diafragmática. Esta técnica envolve focar na respiração, inspirando lenta e profundamente pelo nariz, segurando por alguns segundos e depois expirando lentamente pela boca. Ela ajuda a acalmar o sistema nervoso, reduz a tensão muscular e promove um estado de relaxamento. É muito importante a inserção dessa estratégia na rotina de quem luta contra a ansiedade”.

Ainda perguntamos para as profissionais se a forma como as emoções se comportam no filme e as convicções de Riley condizem com a realidade. “Em termos de psicologia, principalmente pelo viés da terapia cognitivo-comportamental, acredita-se que são os pensamentos que impactam as emoções e comportamentos. Então se a forma como no filme a Riley interpreta sua realidade for negativa e irrealista, provavelmente ela sentirá emoções desconfortáveis e terá comportamentos conturbados.” Há outra visão: “Também compreende-se que as emoções possuem influência nas interpretações, e ao contextualizar memórias e ter convicções a partir delas, acontece o raciocínio emocional, que distancia a pessoa de uma avaliação lógica e equilibrada da situação, considerando que nem tudo que sentimos é um fato.

“Compreendemos que a inteligência emocional, não está apenas na certeza que você sabe identificar quais são as suas emoções, mas, também, está na forma que se consegue lidar e regulá-las diante do autocuidado e promoção da saúde mental, frente a adaptação necessária em diferentes contextos da vida”, finalizaram.

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