Um estudo da Universidade de Los Angeles (UCLA) conversou com 1500 membros da Geração Z, e chegou à conclusão que estes jovens querem menos sexo e até menos romance em suas séries e filmes. A preferência é por relacionamentos de amizade ou platônicos.

O estudo "Teens and Screens" (Adolescentes e Telas) foi conduzido pelo Centro de Acadêmicos e Contadores de Histórias da UCLA com 1500 pessoas entre as idades de 10 e 24 anos. O grupo prefere ver "vidas como as suas" nas histórias, com 48% deles dizendo que "sexo e conteúdo sexual não é necessário para o enredo da maior parte de séries de televisão e filmes."

Leia o estudo na íntegra aqui.

"Por mais que seja verdade que os adolescentes querem menos sexo na TV e cinema, o que a pesquisa realmente diz é que eles querem mais e mais tipos de relacionamentos refletidos na mídia que assistem," disse a dra. Yalda T. Uhls, uma das autoras do estudo. "Nós sabemos que as pessoas jovens estão sofrendo uma epidemia de solidão e que estão buscando modelos na arte que consumem."

Uhls mencionou outras pesquisas que apontam para o fato de que pessoas jovens têm menos atividade sexual que seus pais na mesma idade, e que muitos preferem ficar solteiros.

"Como parte da Geração Z, eu não fiquei surpresa pelo que vimos este ano," adicionou Stephanie Rivas-Lara, outra autora do estudo. "Há uma gama enorme de debates entre as pessoas jovens sobre o significado de comunidade depois do COVID-19 e do isolamento que veio com ele. Adolescentes estão olhando para a mídia como uma 'terceira via' na qual eles podem se conectar e ter um senso de pertencimento — e com manchetes assustadoras sobre mudanças climáticas, pandemias e desestabilização global, faz total sentido que eles prefiram o que é mais familiar nesses espaços."

Conforto é um dos grandes fatores que, segundo o estudo, a Gen Z busca nas séries. A quantidade de entrevistados que disse que prefere maratonar temporadas inteiras do que assistir episódios semanais, encontrando familiaridade na prática.