“A ideia é fazer as coisas se arrastem até que os roteiristas comecem a perder seus apartamentos e suas casas”. Segundo o Deadline, essa é a estratégia dos estúdios de Hollywood para lidar com a greve de roteiristas, que acontece desde maio, e acontece principalmente para conseguir melhores direitos trabalhistas e regulação sobre inteligência artificial e streaming na indústria.

De acordo com o site, os estúdios pensam em levar a greve "até final de outubro, com certeza, é a intenção”. Em comunicado oficial, a AMTMP, associação dos estúdios, disse que “essas pessoas anônimas não estão falando em nome da AMPTP ou das empresas associadas, que estão comprometidas em chegar a um acordo e fazer com que nossa indústria volte ao trabalho”.

Independente da situação dos roteiristas, os atores devem entrar em greve nas próximas horas - algo que deve fortalecer muito a negociação dos sindicatos com os estúdios. Recentemente, empresas como Disney, Netflix e Warner pediram intervenção do governo para uma mediação nas negociações e os atores aceitaram, ainda que não queiram estender o prazo da greve.

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Se a greve for declarada, os atores não podem fazer aparições públicas para promover suas séries e filmes, nem receber prêmios. Entre as demandas, está a regulamentação de inteligência artificial e ferramentas como o ChatGPT, reformas nas salas de roteiristas para televisão e uma nova taxa de pagamentos residuais para produções feitas para serviços de streaming. Para saber mais, incluindo o que acontece agora, clique aqui.

Caso o Sindicato dos Atores (SAG-AFTRA) não chegue a um acordo até a meia-noite do dia 12, o sindicato tem autorização para iniciar uma greve. Informalmente, a categoria já estaria preparada para uma paralisação, inclusive coordenando ações com os roteiristas, que estão de braços cruzados desde 2 de maio. Entre outras demandas, eles também querem garantias contra a substituição de sua força de trabalho por inteligência artificial.

O contrato trabalhista de três anos do WGA com os estúdios se encerrou no dia 1º de maio. Duas semanas antes do fim do contrato, os 98% dos membros do grupo votaram autorizando os conselhos do sindicato a declarar uma greve caso um acordo não fosse fechado, o que aconteceu.