
Imaculada: Sydney Sweeney é a final girl perfeita no terror de freira
Filme estreia nos EUA em 22 de março e ainda no primeiro semestre no Brasil

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Imaculada utiliza luzes e sombras sobre os símbolos do catolicismo para criar a atmosfera de casa mal-assombrada no convento. O diretor Michael Mohan aproveita bem essa simbologia da religião como elemento de repressão e medo junto aos dogmas e aos votos das freiras Logo após jurar castidade, a jovem, ajoelhada, precisa tocar sua boca no grande anel que o cardeal aponta em sua direção. Ao lado dela, um outro padre (Álvaro Morte, de La Casa de Papel) a incentiva a beijar aquele símbolo de poder, mesmo que ela não esteja confortável com isso.
Sweeney se entrega bem ao papel da menina de família religiosa que passa a viver enclausurada nesse mundo. Da montagem bem-humorada do dia a dia do convento aos momentos seguindo a descoberta da “abençoada” gravidez, a atriz consegue se sustentar bem sem cair no “cosplay de jovem” visto em Madame Teia, onde não havia um traço de autenticidade. E quando o terror finalmente engata, Sweeney se prova como uma das grandes final girls de filmes de terror recentes: expressiva, com aquele olhar pronto para o plano detalhe com a lágrima escorrendo e sagaz na hora de revidar, mesmo carregando uma barriga de nove meses de gravidez.
Há um excesso de jump scares na primeira metade do filme – que ainda assim funcionam – e alguns elementos que são colocados na trama sem nunca serem realmente trabalhados ou concluídos de fato, como vultos nas sombras ou uma freira idosa que perturba Cecília e chega a mudar de voz em determinado momento.
Tudo isso fica para trás quando o filme entra no terceiro ato com sua grande revelação. É uma decisão bizarra, que tem tudo para fazer grande parte dos espectadores torcerem o bico. Mas, ao mesmo tempo, é algo diferente do clichê habitual que poderíamos esperar em uma trama dessas. E sim, é surpreendente.
A revelação leva ao ponto em que Sydney Sweeney deve ganhar ainda mais a atenção de grande parte do público. Uma cena final em que a câmera nunca desgruda do rosto dela, um momento de dor, desespero e libertação que tem coragem e foca, de fato, no maior trunfo de Imaculada.
Crítica publicada originalmente no dia 14 de março.
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