Deuses e Monstros: Com James Gunn, DC finalmente empolga tanto quanto a Marvel

Deuses e Monstros: Com James Gunn, DC finalmente empolga tanto quanto a Marvel

Visão unificada e diversificada do novo DCU é o que os fãs da editora merecem há tantos anos

Guilherme Jacobs
31 de janeiro de 2023 - 5 min leitura
Notícias

Aos 45 do segundo tempo (leia-se, 31 de janeiro), James Gunn e Peter Safran, CEOs do recém-formado DC Studios, anunciaram seus primeiros planos para o novo Universo DC (DCU), que vai incorporar alguns elementos do antigo DCEU, mas começa para valer em 2025 com Superman: Legacy, e depois terá longas de Batman & Robin, Supergirl, e várias séries.

As continuações de The Batman e Coringa seguem como planejados, existindo dentro do selo Elseworlds com histórias desconectadas do DCU, e podem muito bem continuar como os filmes mais aguardados baseados nos quadrinhos da DC Comics, mas os fãs da editora têm, pela primeira vez em muito tempo, razão para estarem profundamente empolgados, graças ao novo projeto de Gunn e Safran, que batizaram o primeiro capítulo de sua saga de "Deuses e Monstros."

O título não é acidental. Deuses e Monstros é uma frase constantemente usada em animações, quadrinhos e materiais da DC para refletir a natureza grandiosa de seu universo. Se a Marvel é aquele mundo perfeitamente conectado, com cada elemento inteiramente conectado a outro, a DC é uma bagunça. E isso é um elogio. Cada uma de suas revistas tem um tom próprio, uma mitologia variada e detalhada, e é justamente na união de todos esses elementos, distintos mas complementares, que se encontra sua fórmula para sucesso.

O anúncio inicial de Gunn e Safran reflete isso. Logo de cara, filmes de Monstro do Pântano e The Authority foram revelados, assim como séries de Booster Gold e Creature Commandos. Todas essas propriedades são diferentes em estilo, gênero, escopo e abordagem. Há terror e comédia, viagens pelo espaço e pela natureza, há heróis desconhecidos, e vilões nunca antes adaptados. A DC tem um pouco de tudo, e o capítulo inicial do DCU reflete isso.

Mas Gunn, líder criativo desse novo universo, também sabe que não adianta construir um edifício de 100 andares e não ter uma pedra angular sólida. Sim, Superman e Batman já passaram por diversas versões no cinema, mas eles são o yin e yang da DC. Juntos, eles representam o caráter esperançoso desses quadrinhos, assim como a escuridão na qual eles muitas vezes caminham. O contraste formado entre o alienígena invencível e o detetive sem poderes te diz tudo sobre como há diversidade nessas narrativas.

Por isso, começar com Superman: Legacy em 2025, e anunciar The Brave and The Bold com Batman e Robin, é importante. Adoramos quando Gunn traz equipes pouco populares para o holofote, como ele já fez em ambas DC e Marvel, mas não é sábio ignorar os personagens mais icônicos. É para eles que sempre voltaremos: The World's Finest. Precisamos de âncoras para nos aventurar nas águas desconhecidas para onde o DCU navegará nos próximos anos, e não há opções melhores do que o Último Filho de Krypton e o Cavaleiro das Trevas.

Claro, o quão boa é a execução de cada projeto ainda definirá muito do sucesso do DCU, mas pela primeira vez em uma década, há uma visão clara, uma coerência perceptível e uma pessoa confiável no comando. Desde Homem de Aço em 2013, a presença da DC nos cinemas tem sido marcada por ideias mal concebidas desses heróis, por executivos e cineastas com propostas conflitantes para o futuro, e por anúncios que no fim das contas nunca chegaram a estrear.

Você pode ter a opinião que quiser sobre os filmes de Zack Snyder, sobre os planos de Dwayne Johnson, sobre a gerência de Walter Hamada, mas é preciso uma boa dose de otimismo e inocência para achar que a última década foi um sucesso, especialmente diante dos feitos do MCU nesse período. Bom, agora, em meio à fadiga crescente com os lançamentos da competição, e com um de seus principais arquitetos liderando o DCU, há razão para sonhar e se empolgar.

E quando foi a última vez que sentimos isso? Sem ressalvas. Pura empolgação.

Vamos encerrar o DCEU em 2023. Teremos um ano para respirar em 2024, com apenas Coringa 2 saindo em outubro, e depois, em 2025, a era dos deuses e monstros se inicia.

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