
EXCLUSIVO: Idris Elba fala sobre retornar ao papel do detetive Luther para filme da Netflix
Mais: veja fotos exclusivas de Elba como o detetive nos bastidores do filme Luther: O Cair da Noite

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Demorou, mas Idris Elba finalmente conseguiu realizar seu sonho de continuar (e talvez concluir) a história do detetive Luther com um filme. Após estrelar cinco temporadas na série da BBC, o personagem retornou com o longa-metragem Luther: O Cair da Noite, lançado no começo deste mês na Netflix. Em entrevista disponibilizada de forma exclusiva para o Chippu (junto com fotos exclusivas que você pode ver abaixo), o ator, o diretor Jamie Payne e o criador do seriado, Neil Cross, comentaram sobre o aguardado retorno.
"Idris e eu começamos a conversar há muito tempo, lá pelo fim da primeira temporada ou talvez nos primeiros episódios da segunda. Jamie e eu estamos conversando sobre isso desde que trabalhamos juntos em Doctor Who. A ideia surgiu de um desejo de contar as histórias que queríamos na escala que queríamos," disse Cross. "Trabalhamos arduamente para fazer a série de TV mais ambiciosa e cinematográfica possível, mas sempre tive uma convicção apaixonada de que John Luther era muito maior do que os limites impostos por aquela mídia. Então, por mais contraditório que pareça, o filme não indica uma mudança de atitude em relação a John Luther e seu universo. Gosto demais do personagem para permitir isso. O filme representa o ápice dessa atitude."
Apesar de seguir as pontas soltas da quinta temporada, Elba garante que o longa é um bom ponto de partida para novos fãs. "John está preso após ter enfrentado problemas com a polícia. Ele burlou tanto as leis para prender os bandidos que acabou na cadeia. É aí que começamos a trama. Ele está pensando no que vai fazer da vida," disse o ator. "Embora esta seja uma continuação, é possível entender e se identificar com a história mesmo sem nunca ter visto a série original," garantiu Elba.
Essa independência também se reflete, segundo o ator Dermot Crowley, outro membro do elenco original de volta aqui, na abordagem diferente das duas produções. "Sempre achei que Luther é, no melhor sentido possível, como uma grande ópera, com tudo muito intenso, apavorante e engraçado de diferentes maneiras. E isso é amplificado no filme. Acho que o público vai perceber que o filme é a série Luther elevada à décima potência," ele afirmou. "Tudo o que chama a atenção e que todos adoram na série é amplificado na grande montanha-russa cinematográfica. Foi empolgante fazer o filme e espero que seja ainda mais emocionante assisti-lo."
Responsável por comunicar essa potência, Payne quis aproveitar as oportunidades oferecidas pelo formato de filme. "Em Luther: O Cair da Noite, eu e toda a equipe pudemos ampliar o escopo e a escala do projeto, permitindo que a história preencha todos os cantos da tela e alcance outro patamar, sempre atentos para não perder o DNA que levou ao sucesso na TV. Existem alguns cenários tipicamente Luther neste filme que jamais poderíamos ter feito na série. A escala e a tensão crescente da narrativa se encaixam muito bem na história sem interrupções de um longa-metragem," disse o cineasta. "Existem algumas séries de TV que funcionam perfeitamente como filmes para que a história possa respirar melhor em todos os aspectos. Desde que vi o primeiro episódio da primeira temporada de Luther, soube que era só uma questão de tempo. Neil me contou um detalhe do roteiro quando ainda estava começando a desenvolver a história: ele queria explorar a ideia do que seria um serial killer moderno."
Na história, esse serial killer, chamado David Robey, é vivido por Andy Serkis com uma atuação paranoica que reflete temas de vigilância, segurança online e segredos guardados na internet, explorados pelo roteiro de Cross. Ele, descobrimos, representa negócios inacabados para Luther. "[Trata-se de] um caso antigo que ele jamais conseguiu resolver volta para assombrá-lo. Da cadeia, ele vê na televisão que o assassino voltou a agir," diz Elba. "E John não sossega enquanto não encontra um jeito de se envolver na situação. Ele não vai ficar sentado na cadeia enquanto esse bandido está à solta, de olho na vida das pessoas e se aproveitando da insegurança delas na internet. John precisa capturá-lo."
"Tenho interesse no poder primal e tectônico da vergonha para moldar nosso comportamento privado," disse Cross. "O fato de tudo o que fazemos quando estamos sozinhos ser moderado por essa ideia internalizada de um observador invisível, uma consciência que nos leva a moderar pensamentos e ações de acordo com o que as pessoas que amamos e a comunidade vão pensar. O problema é o seguinte: hoje em dia, muitos dos nossos pensamentos e ações não são mais secretos, certo? Eles são compartilhados na internet. De um avatar para outro, de um desconhecido para outro. E quem é esse observador invisível olhando por cima do seu ombro? Não é a sua consciência, muito menos uma noção internalizada do que é certo e errado. É alguém que está por aí observando e ouvindo. Alguém como David Robey, talvez."
O resultado é o caso mais difícil para Luther, e, talvez, uma conclusão para o personagem. Para saber se o detetive consegue resolver o caso, e se essa é de fato sua última aventura, você pode assistir a Luther: O Cair do Sol na Netflix.
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