Megalopolis: Figurante sai em defesa de Francis Ford Coppola: 'Não fez nada'
Diretor foi acusado de comportamento abusivo por beijar atrizes no set
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Na última semana, a Variety publicou vídeos que pareciam corroborar com as acusações de comportamento inadqueado do diretor Francis Ford Coppola no set de Megalopolis, seu novo filme. A acusação foi feita em maio, na véspera da exibição do filme no Festival de Cannes, pelo Guardian e trazia relatos de que o diretor teria beijado figurantes para "deixá-las no clima," e agora temos vídeos do suposto momento. Os vídeos podem ser vistos no site da Variety, aqui.
Entretanto, o Deadline publicou nesta terça-feira, 30, que a figurante que aparece nos vídeos, Rayna Menz, negou as acusações contra Coppola, afirmando ser 'nojenta' a forma como estão tratando o caso.
“Ele não fez nada para me deixar desconfortável, ou qualquer um no set”, disse Menz ao Deadline. “Eu fiquei enojada, fui pega de surpresa porque era um set fechado. Que alguém tivesse um vídeo disso é simplesmente ridículo e super antiprofissional. É nojento porque ele só falava sobre o quão maravilhosa sua esposa é. Sua esposa estava no set conosco, na maioria dos dias. É nojento, ver aquele vídeo e a maneira como eles estavam tentando transmitir uma mensagem. Simplesmente nojento.”
A atriz também negou as informações publicadas pelo Guardian em maio e chamou as acusações de falsas. “Na verdade, fui eu quem o convidou para dançar. Eu o chamei para dançar, na frente de todo mundo. É por isso que é tão engraçado que essa história tenha saído", disse a atriz. "Ele até disse algo como ‘Eu sou um cavalheiro e nunca diria não a uma dama.’ E então nós dançamos valsa, ao som de música de clube."
Adam Driver protagoniza o filme, com Nathalie Emmanuel, Jon Voight, Laurence Fishburne, Aubrey Plaza, Dustin Hoffman, Giancarlo Esposito, Shia LaBeouf, Jason Schwartzman, Chloe Fineman, Isabelle Kusman, DB Sweerney, Bailey Ives e Talia Shire, veterana de O Poderoso Chefão, completando o elenco.
A história do filme acompanha César (Adam Driver), um arquiteto visionário que quer reconstruir Nova York como utopia depois que um desastre destrói a cidade. Ele luta contra o prefeito, interpretado por Giancarlo Esposito, e num quê shakesperiano, está apaixonado pela filha do rival, Julia (Nathalie Emmanuel). As duas famílias são rivais, e diferem em sua visão do futuro de NY.
Coppola dirigiu o filme, financiando de forma independente, com seu próprio dinheiro, os US$ 120 milhões do orçamento e é o roteirista. Originalmente, Oscar Isaac seria o protagonista.
O filme é um sonho de Coppola, atualmente com 84 anos de idade, há mais de 20 anos. O orçamento é de aproximadamente US$ 100 milhões e o diretor está investindo parte do seu dinheiro para alcançar essa quantia. Como vários dos projetos de Coppola, não faltam histórias de caos nos bastidores.
A produção de Megalopolis, supostamente, teve custos inflados e altos gastos, combinado com vários trabalhadores pedindo demissão. Coppola e Driver negam isso.
Coppola vê o filme como um épico romano no estilo Ben-Hur, mas contado na modernidade dos Estados Unidos. Baseado na Conspiração Catilinária, que vem da Roma antiga, ele mostra uma sociedade utópica como uma Nova York moderna tentando se reconstruir depois de um desastre.