Percy Jackson e os Olimpianos chegou ao Disney+ nesta quarta-feira (20) já ganhando o coração do público com dois primeiros episódios extremamente fiéis ao livro de Rick Riordan e um elenco carismático, que entende seus personagens como ninguém.

Familiaridade com os livros

Isso faz sentido considerando a familiaridade que os atores tinham com os livros antes mesmo de entrarem para a série. Em uma coletiva de imprensa da qual o Chippu participou, Walker Scobell, o Percy, revelou que já leu o primeiro livro da saga, Percy Jackson e o Ladrão de Raios, nada menos do que sete vezes.

“Eu leio os livros desde o terceiro ano, então tem sido uma ótima experiência filmá-los”, contou o jovem astro, de 14 anos. “Acho que todos nós nos sentimos assim. Nós éramos grandes fãs dos livros. Pessoalmente, eu era fã até antes de saber que iriam fazer a série. Então, interpretar um personagem tão icônico é incrível”, concordou Aryan Simhadri, o Grover.

Curiosamente, Leah Sava Jeffries era tão fã que envolveu Percy Jackson até com seus trabalhos da escola. “Antes de conseguir o papel na série, eu estava na escola escrevendo um trabalho sobre Percy Jackson, e quando eu descobri que eu tinha conseguido o papel, eu tinha que fazer um pequeno livro para um projeto na escola, então foi muito incrível saber que eu estava em Percy Jackson”, comemorou a intérprete da Annabeth.

A construção dos personagens

Essa familiaridade ajudou os atores a construírem os personagens nas telas. De acordo com Leah, o próprio autor da saga e produtor executivo da série, Rick Riordan, incentivou o atores a serem eles mesmos nas gravações. “Acho que foi isso o que fez nossa química tão boa”, comentou a estrela.

“Eu garanti que ainda tinha a Annabeth dos livros, mas coloquei um pouco de mim, tipo um lado mais brincalhão, apesar de ainda ter a parte séria quando precisava”, explicou Jeffries. “Eu acho que o que a gente tentou fazer foi deixá-los mais reais. Acho que é importante lembrar que ele [Percy] ainda é uma criança de 12 anos. Tipo, ele ainda faz birra quando fica bravo”, exemplificou Walker.

Para Aryan, o importante de Grover é a evolução pela qual ele passa na primeira temporada. “Ele passa por uma jornada e a gente consegue ver o Grover saindo da concha dele um pouco mais e se colocar na frente do perigo para proteger as pessoas com as quais ele se importa”, explicou o ator.

O que eles aprenderam com os personagens

Entre outras curiosidades reveladas pelo elenco está os itens que eles guardaram do set de gravações. E eles não foram econômicos, tá? O Walker Scobell, por exemplo, pegou duas espadas. Uma de bambu, usada no Acampamento Meio-Sangue, e a principal defesa de seu personagem, a Contracorrente.

“Eu acho que eu meio que forcei eles a me darem a espada de metal, porque eu ficava repetindo que ia roubar e acho que eles acreditaram em mim. Tenho quase certeza que rolou uma reunião sobre isso, mas eles deixaram eu pegar a espada. Eu fiz um apoio especialmente para deixá-la exposta no meu quarto. Também coloquei o capacete em exibição”, contou o ator.

Acha que acabou? “Eu peguei também a minha armadura. E eles me falaram que eu podia pegar apenas uma roupa, mas eu coloquei todas numa mala e fui embora, agora estou com medo de voltar”, brincou ele.

Aparentemente, o departamento de acessórios da Disney era bonzinho, porque Leah e Aryan também não economizaram. A intérprete de Annabeth revelou que levou pra casa dois escudos da personagem, o colar com o nome do pai dela e a jaqueta que ela usou muito na série. Além disso, ela ainda pegou um item secreto que não quis revelar.

Já Aryan ficou com os tênis voadores que Grover e Percy ganham de Luke (Charlie Bushnell). “Agora eu o uso quase diariamente. Eu também peguei uma espada de bambu e o escudo do Caça-Bandeiras. Foi bem legal. Ah, e as cartas mágicas também. Tenho o baralho inteiro delas”, revelou ele.

Figurantes Meio-Sangue

Também na coletiva de imprensa estavam os showrunners e produtores executivos da série Dan Shotz e Jonathan E. Steinberg. Shotz revelou um dos seus momentos favoritos das gravações, que envolveu os atores figurantes.

“O que foi tão incrível para nós vendo [o Acampamento Meio-Sangue] ganhar vida foi porque foi a primeira vez que eu vi centenas de atores figurantes colocarem uma camiseta e o corpo inteiro deles mudar, porque todas essas crianças que estavam no acampamento eram tão conectadas com os livros que colocar essas camisetas laranjas para honrá-los e interpretar esses papéis era incrível. Ver a animação de todo mundo que estava lá foi um momento muito poderoso”, descreveu ele.

Como foi a adaptação dos livros para a série

Já Steinberg comentou sobre a dificuldade de adaptar o livro para série, especialmente depois das críticas recebidas na adaptação dos filmes de 2010 e 2014. “Eu acho que é mais arte do que ciência. Conforme você lê o livro, você percebe o que está contribuindo no sentido de dar uma jornada para os momentos importantes. É aquilo que você lembra alguns dias depois”, explicou.

No entanto, a presença de Rick Riordan e sua esposa, Becky, no set como produtores executivos também ajudou muito o processo. “Acho que a conversa ficou muito mais detalhada e muito mais substantiva quando a gente falou com o Rick e com a Becky sobre as coisas que eles sentiam ser essenciais para ser uma história do Percy Jackson. Então fomos planejando a partir daí, colando tudo junto de modo que nada parecesse extra. Tudo tinha que ser parte de uma história que funciona organicamente e faz você sentir que sempre foi planejado desta forma”, detalhou o showrunner.

Os dois primeiros episódios de Percy Jackson e os Olimpianos estão disponíveis no Disney+. Os próximos seis capítulos serão lançados semanalmente nas terças-feiras às 23h.