Em Perdida, Sofia (Grigio) é uma garota moderna dos tempos atuais que acaba sendo transportada magicamente para o século XIX, em um mundo muito parecido com o que ela gosta de ler nos livros. Lá, ela é acolhida pela família de Ian (Montaleone), enquanto tenta voltar para casa.

É uma premissa simples, mas que funciona. O casal principal tem tanta química que convence mesmo nas poucas cenas juntos, e os coadjuvantes também têm ótimos momentos. A Elisa de Nathália Falcão é uma fofura e equilibra bem a intensidade de Sofia em cena; já Luciana Paes rouba a cena como Abigail, a “fada madrinha”. Ela é responsável pelo toque cômico do filme –que é inserido nos momentos certos.

O cuidado com a produção também é aparente. O filme se aproveita de lindas paisagens brasileiras e antigos casarões com uma ótima fotografia e os figurinos, cabelo e maquiagem são impecáveis. Se for pra dizer, Perdida só peca nos momentos em que exagera na quantidade de gírias atuais ditas por Sofia quando volta no tempo. Às vezes é engraçado, mas em muitas cenas acaba soando apenas forçado.

Com o sucesso de produções de época como Bridgerton, e histórias sobre viagem no tempo, como De Volta aos 15, entre o público teen, Perdida aparece para juntar bem os dois aspectos e entregar um filme bom, que preenche um nicho importante no cinema brasileiro.

4/5