Planeta dos Macacos: O Reinado: Freya Allan conta como foi criar humana em um mundo de símios (EXCLUSIVO)
Em entrevista, atriz comparou set com zoológico e parque infantil e apostou suas fichas no diretor Wes Ball
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Freya Allan deixou o mundo mágico de The Witcher e acabou na Terra dominada pelos símios de Planeta dos Macacos: O Reinado. Sua personagem, Mae, será uma das protagonistas, ao lado de Noa (Owen Teague), da nova história que se passa centenas de anos após a ascensão de César. Ao contrário da maior parte do elenco, Freya estará “de cara limpa”, interpretando uma humana no meio da nova espécie dominante.
Em entrevista publicada com exclusividade pelo Chippu, a atriz garantiu que ser uma humana sempre foi seu principal objetivo quando viu o nome Planeta dos Macacos no horizonte. “Pude assistir todos os outros atores se transformarem nesses macacos e pareceu uma jornada realmente emocionante. Eles fizeram acampamento de macacos juntos”, disse a atriz comparando a reunião dos companheiros com um parque infantil e um zoológico. “Foi muito divertido ser humano cercado por todos os outros macacos.”
Contracenar com atores vestidos com roupas de captura de movimento e interpretando macacos pode ser um desafio maior do que o que imaginamos. Entretanto, Freya garantiu que Owen Teague segue o legado das interpretações da série com Andy Serkis, Toby Kebbell, Steve Zahn, Terry Notary, Michael Adamthwaite e Karin Konoval, como César, Koba, Bad Ape, Rocket, Luca e Maurice, respectivamente. “Observá-lo depois que ele criou totalmente esse macaco foi simplesmente brilhante. Não havia necessidade de imaginação”, contou a atriz. “Há uma suavidade linda ali, assim como uma força crescente.”
Nada divertido ou suave será o encontro de Mae com o novo vilão da série Proximus César, o regente de O Reinado. Proximus é interpretado pelo ator canadense Kevin Durand, de Abigail e Lost. “Ele estava louco e fantasticamente grotesco. Fiquei muito animada quando o vi como o personagem pela primeira vez”, contou Freya. Durand seguirá os passos de Toby Kebbell e Woody Harrelson no hall de grandes vilões da franquia recente, de Tim Roth, na versão feita por Tim Burton, e, claro, de Maurice Evans, no filme original. “Ele absorveu tudo. Ele queria fazer isso uma vez e de novo e de novo... e em qualquer chance que tivesse de estar naquele personagem e naquela fisicalidade”, disse a atriz.
Planeta dos Macacos: A Guerra, o último filme da trilogia com Andy Serkis, estabelece que os humanos estão sendo afetados por uma mutação do vírus que dizimou o resto da humanidade. Eles passam a involuir e o primeiro sinal a ser mostrado é a perda da fala. Centenas de anos depois, em O Reinado, os humanos vivem no mundo como “selvagens”, mas Mae parece ser um novo retrato da evolução. “Quando eu era criança, sempre fingia ser um cachorro e esse elemento selvagem da personagem foi mais natural para mim”, disse Freya sem poder contar muito para não estragar possíveis surpresas. “Há certas coisas na minha história que ninguém necessariamente saberá, pelo menos neste filme, mas que foram realmente cruciais para eu manter e manter o tempo todo.”
A empolgação da jovem atriz de 22 anos teve que ser freada no set, já que ela queria fazer todas as acrobacias que as cenas de ação pediam. “Parece pretensioso, mas gosto de fazer tudo o que posso. Eu ia ao set ver meu dublê e corria até o primeiro assistente de direção para verificar se ninguém mais estava fazendo a cena, pois eu queria fazer tudo”, lembrou Freya, que vestiu próteses nos pés para poder andar descalça pelos cenários na Austrália. “Parecia com os pés do Shrek e na maioria das vezes eu não queria usá-los e saía correndo”, contou se divertindo. “Parecia que eu estava voltando à minha infância.”
Mesmo com toda diversão, as filmagens foram intensas e exigiram preparo e condicionamento dos atores. “Eu diria que a sequência mais exaustiva foi a caçada humana, que você vê no trailer. É um momento icônico”, disse Freya. Os grandes momentos de perseguição vem desde o original com Charlton Heston, passando por Mark Whalberg e que ganhou uma nova abordagem com Koba e a invasão de São Francisco, em Planeta dos Macacos: O Confronto. “Estávamos muito na água e se já é muito cansativo correr nessas condições, imagina fazer isso de quatro. Felizmente, faz calor na Austrália”, contou.
A dinâmica da troca de enredo, com os macacos mais evoluídos que os humanos, é uma mudança grande, principalmente em relação ao primeiro filme da trilogia passada, A Origem. Mas Freya Allan afirma que a maior mudança está no ponto de vista dos personagens mais jovens e no visual mais colorido do que do norte da costa oeste americana, dos filmes anteriores. “Com essa jornada vem um sentimento de esperança que é algo que realmente precisamos agora. Acho que isso também se reflete nos visuais, que são muito mais vibrantes, exuberantes e brilhantes”, afirmou a atriz. “Parece uma verdadeira aventura clássica, com bastante ação e essa jornada de descoberta.”
Se já não está fácil para Freya Allan e Owen Teague darem uma passo adiante em Planeta dos Macacos depois de Andy Serkis e companhia, a vida do diretor Wes Ball também não é tão simples. Matt Reeves, diretor de O Confronto e A Guerra, viu sua carreira explodir após o sucesso de público e crítica de seus filmes. A atriz garante que podemos sim esperar algo tão bom do diretor de Maze Runner. “Wes é um perfeccionista. Eu diria que ele é um dos diretores com quem trabalhei e em quem mais confiei ao longo do processo”, disse Freya, que ainda não viu o resultado da pós-produção. “Sei que ele é muito visual e tem ideias muito claras sobre a construção do mundo.”
Planeta dos Macacos: O Reinado estreia em 8 de maio nos cinemas.