Star Wars: Ranking de todos os filmes

Star Wars: Ranking de todos os filmes

Em comemoração ao 4 de maio, listamos os filmes da saga do pior até o melhor

Alexandre Almeida e Guilherme Jacobs
3 de maio de 2024 - 7 min leitura
Notícias

O 4 de maio (May the Fourth) é aquela data que todo fã de Star Wars comemora. Uma grande celebração aos personagens, história e universo que George Lucas começou a criar lá em 1977 com o lançamento do primeiro Guerra nas Estrelas. Logo, a marca se tornou icônica e tudo que envolvia as aventuras de Luke, Han e Leia virava parte da cultura.

Agora, 47 anos depois do lançamento do primeiro filme, Star Wars tem 11 filmes na cronologia principal, expandiu seu universo em séries animadas e live-action e já olha para o futuro com novas produções.

É justo dizer que Star Wars passou por diversas eras. Olhar para cada uma das três trilogias é enxergar um universo em estado de expansão, busca por identidade e comercialização, respectivamente, e também entender o que move o cinema blockbuster Hollywoodiano de cada época.

Nos filmes dos anos 1970 e 1980, há um cuidado com o deslumbramento, com a criação de novos mundos e com a aventura em seu estado mais puro. Corte para os Prequels e a chegada do Século 21, e você verá o pós-modernismo questionando tudo, o que frustrou muitos fãs. Ainda assim, a ideia de Lucas de apresentar os Jedi como burocratas frios e cegos, indo na contramão de uma expectativa construída por décadas, é no mínimo admirável.

Então chegam os anos 2010 e a Disney, quando a transformação de sagas em franquias rejeita os princípios criadores de Star Wars. Fãs não querem algo novo, e sim algo reconhecível. A ousadia dá lugar à segurança, e as aventuras precisam sempre de uma razão para existir. Quando um desses filmes arriscou levar Star Wars para frente, a Lucasfilm recuou de maneira tão intensa que fez o seu filme mais medroso até hoje.

Agora, Star Wars está numa encruzilhada. A Lucasfilm já anunciou o futuro da franquia no cinema várias vezes. De conexões com as séries de TV a novos diretores, de tentativas de recuperar Rey a projetos cancelados, é difícil ter qualquer tipo de certeza sobre a galáxia muito, muito distante na telona. Nessas horas, só podemos olhar o passado, e é isso que faremos aqui, com o ranking de cada um dos filmes.


11.
A Ascensão Skywalker

Goste ou não de Últimos Jedi, ninguém pode assistir ao Episódio VIII e dizer que estava ali um filme sem ideias. Ascensão Skywalker, a triste conclusão da Saga Skywalker, quase rouba toda a trilogia Sequel de sua razão para existir ao engatar uma marcha ré em qualquer ideia narrativa da franquia e se apoiar na repetição de clichês iniciados no próprio mundo de Star Wars para maquiar seu medo de fazer qualquer coisa. Não há exemplo melhor do perigo de levar o fanservice ao máximo no cinema recente do que este filme, um objeto paralisado de tanto medo. - Guilherme Jacobs


10.
Ataque dos Clones

Até algum tempo atrás considerado o pior Star Wars já feito, o Episódio 2 da Saga Skywalker escalonava a revolução digital do filme anterior. Exércitos que não cabiam na tela de tão grandes, veículos, criaturas... Ataque dos Clones cumpre em seu terceiro ato o que o título promete: uma grande batalha no início das Guerras Clônicas. Além disso, há pouco a se aproveitar aqui. O melodrama do amor de Anakin e Padmé é digno de novela mexicana e acaba piorado pela fraca atuação de Hayden Christensen. O momento em que Anakin diz que odeia a areia virou um clássico, mas longe de ser no bom sentido. Há pontos interessantes como a sombra do Conde Dooku (Christopher Lee) e a luta dele com Yoda - a primeira vez que vemos o mestre em ação. Jango e Boba Fett ficam sem ter muito o que dizer, além do fan-service e Ewan McGregor carrega todas as cenas nas costas. - Alexandre Almeida


9.
A Ameaça Fantasma

Existe um movimento de fãs de Star Wars que, para demérito dos filmes da Trilogia Sequel, elevam os filmes prequel para um patamar que eles não estão. É o caso de A Ameaça Fantasma, produção do fantástico ano de 1999 e o início do arco que vai contar a história de Anakin Skywalker. George Lucas começa então sua jornada também para falar de política e insere um nada interessante cerco ao planeta Naboo pela Federação de Comércio. O grande acerto? Os jedi que vão lidar com a situação: Qui-Gon Jiin (Liam Neeson) e Obi-Wan Kenobi (Ewan McGregor). Os dois são, até hoje, uma das melhores escalações de Star Wars. O mesmo não pode ser dito do jovem Jake Lloyd, como Anakin. Ainda fomos brindados com Jar Jar Binks, midchlorians... Não se deixe enganar pelo incrível "Duel of the Fates", de John Williams. Ou a luta de sabres com Darth Maul.A Ameaça Fantasma tinha potencial, mas nunca chega lá. - Alexandre Almeida


8.
Han Solo

É difícil defender Han Solo - o segundo e último filme a sair com a marca "Uma História Star Wars" - quando ele inventa de explicar a origem de um dos sobrenomes mais marcantes do cinema. Entretanto, olhando para os filmes que já passaram por esta lista e por toda a confusão envolvendo a Lucasfilm e os diretores demitidos do projeto, Chris Miller e Phill Lord, o saldo é positivo. Ron Howard pegou essa bucha e transformou numa sessão leve, com qualidade técnica impecável, mas nunca singular. O Han Solo de Alden Ehrenreich é simpático, mas nunca chega perto de Harrison Ford. Já o Lando, feito por Donald Glover, merece aplausos. A boas cenas de ação e a história simples ajudam o filme a passar de ano. - Alexandre Almeida

O problema da trilogia Prequel de George Lucas existe no vale entre suas ideias e sua execução. No papel, os Epsódios I, II e III estabelecem fundamentos essenciais para as temáticas de Star Wars, como o perigo do poder e da cegueira, e na prática a direção, atuação e efeitos especiais já datados limitam tudo isso. A Vingança dos Sith é o filme que mais chega perto de unir a intenção de Lucas com o que está em tela. Ele não chega totalmente lá, já que ainda temos a performance limitada de Hayden Christensen ancorando toda a experiência, mas a possibilidade de transformar todo o contexto das prequels em texto, literalmente exibindo a queda dos Jedi, compensa as dificuldades de Lucas como diretor. - Guilherme Jacobs


6.
O Despertar da Força

Se O Despertar da Força merece um título dentro dessa saga de Star Wars, ele é o de melhor trailer de todos. É impressionante como a prévia marcou os fãs. O retorno de Solo e Chewbacca, a história dos Jedi, a voz de Kylo Ren e o sabre em cruz, Finn,o Stormtrooper, a X-Wing preta... tudo era muito empolgante. E vale dizer, o filme é muito legal. Se as críticas ao filme de J.J. Abrams e sua história repetida de Uma Nova Esperança são válidas, os elogios ao novo trio principal com Daisy Ridley, John Boyega e Oscar Isaac merecem o mesmo espaço. Adam Driver é excelente como o descendente de Vader e quem disser que não ficou empolgado com o primeiro voo da Millennium Falcon depois de 32 anos, tá mentindo! - Alexandre Almeida


5.
O Retorno de Jedi

Estaria mais alto na minha lista pessoal, mas como esse é um esforço em equipe, entendo sua descida. Retorno de Jedi é, de fato, o princípio de uma infantilização de Star Wars conforme a marca já passava a se entender como, bom, uma marca. Mas Ewoks à parte, a conclusão da trilogia original consegue o dificílimo feito de encerrar muito bem (até aquele ponto) a história, entendendo o arco de Luke Skywalker e oferecendo, na redenção de Darth Vader, a maior vitória que o herói poderia conquistar. Além disso, o filme tem a mais incrível decisão de figurino no cinema norte-americano quando introduz Luke vestido de preto. É uma imitação de seu pai? Uma tentativa de usurpá-lo? Uma descida ao Lado Sombrio? Uma declaração de rivalidade? Pode ser tudo isso. - Guilherme Jacobs


4.
Rogue One

Nenhum outro filme de Star Wars levou tão a sério o conceito de Guerra nas Estrelas do que Rogue One. O ótimo filme dirigido por Gareth Edwards brilha ao misturar a busca de Jyn Erso (Felicity Jones) pelo pai, com elementos de espionagem e, claro, a opressão do Império Galático. De quebra, ainda ganhamos uma das melhores representações sobre fé de toda a saga. E isso tudo partiu da ideia de um simples parágrafo do letreiro que sobe no início do primeiro Star Wars, contando que os Rebeldes roubaram o plano da estrela da morte. O terceiro ato do filme é brilhante, dividido entre a batalha aérea, o ataque na base imperial e aquele final icônico com a aparição de Vader e Leia, conectando diretamente com o Episódio 4. Ah, sem falar que por causa de Rogue One, ainda tivemos a melhor série da franquia: Andor. - Alexandre Almeida


3.
Os Últimos Jedi

"Nós somos o que eles deixam para trás." O polêmico filme de Rian Johnson resumiu seu propósito com esse, um dos mais sábios comentários que Mestre Yoda fez em todo o canône de Star Wars. Os Últimos Jedi ousou andar pra frente, imaginar uma franquia que celebra novas pessoas, personagens e ideias, e foi em parte rejeitado por isso. Ignorando sua vitória arrepiante no clímax, muitos rejeitaram a proposta Luke Skywalker como alguém que ainda tinha algo para aprender, e se apegam, como o próprio Luke fez aos tais textos sagrados dos Jedi, ao passado. Fazer isso é deixar de perceber como o Episódio VIII de Star Wars, apesar de alguns problemas, é uma corajosa rejeição do medo e um retorno aquilo que fez Star Wars nos conquistar para começo de conversa: a aventura em direção ao verdadeiramente novo. - Guilherme Jacobs


2.
Uma Nova Esperança

Além de introduzir um dos mais instantaneamente ricos universos do mundo de fantasia, o primeiro Star Wars, com sua mistura de ficção-científica e Akira Kurosawa, é um modelo de como criar um grande filme de aventura. O esqueleto básico da jornada do herói é, aqui, enfeitado com o melhor trabalho possível de efeitos sonoros, figurinos, efeitos especiais, trilha sonora e mitologia possível. O resultado final é algo infinitamente replicado mas nunca superado em Hollywood: a genuína, divertida e incomparável sensação de deslumbramento. - Guilherme Jacobs


1.
O Império Contra-Ataca

Se Uma Nova Esperança é excelente pela pureza de sua criatividade e aventura, O Império Contra-Ataca faz algo ainda mais impressionante. Sem perder essas características, o Episódio V de Star Wars parte em direção a investigar a fundo todas as motivações, conflitos e emoções da franquia. Num feito genial de cinema e montagem, que divide os protagonistas e alterna o ritmo de seus núcleos narrativos, ele encontra espaço para grandes batalhas e questionamentos profundos sobre o medo e raiva que podem existir em nossa alma, e como acreditar pode no ajudar a derrotar esses poderosos adversários. - Guilherme Jacobs

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