Antes de The Acolyte começar, a grande dúvida que parecia ser o guia da história era: quem é o assassino de Jedis? Seria Mae ou ela estaria sendo acusada injustamente? Logo no primeiro episódio, na primeira cena, vemos que a jovem interpretada por Amandla Stenberg é a responsável por matar a Mestre Indira (Carrie-Anne Moss). Em seguida, é revelado que quem seria acusada injustamente é a sua irmã gêmea, Osha, também interpretada por Stenberg.

Então, o que sobrou como grande mistério para a série até o momento? A figura do mestre de Mae, o Sith mascarado que aparece nos trailers e deu as caras no final do episódio quatro.

[Se você ainda não assistiu ao episódio 5 de The Acolyte, cuidado com SPOILERS abaixo]

Massacre Jedi

O quinto episódio de The Acolyte começa do ponto onde fomos deixados na última semana. Quando Osha recupera a consciência, vemos os Jedi lutando contra o Sith. Um a um, os cavaleiros vão sendo eliminados e não se mostram páreos para a figura mascarada. São ótimas cenas de luta com sabres de luz, que devem agradar até os fãs que só torceram o bico para a série até aqui. Um dos elementos mais bacanas está no capacete do Sith, que “quebra” a luz das espadas Jedi e as deixam inutilizáveis por algum tempo.

O diretor Alex Garcia Lopez, que já dirigiu episódios de Demolidor e Justiceiro, mostra que entende da ação e utiliza bem a movimentação da câmera nas lutas. Ele ainda dá um toque especial de terror ao Sith, colocando-o como um slasher no meio da floresta. Ele some e aparece pronto para dar um golpe mortal. Vira o rosto lentamente, olhando para a vítima e enfatizando o sorriso maléfico que se forma na máscara. A violência do Sith acaba com duas mortes chocantes no episódio: Jecki (Dafne Keen) e Yord (Charlie Barnett). A primeira, com quatro golpes, quase como se fossem facadas, com o sabre de luz. Já o segundo, tem o pescoço quebrado com um só golpe. Qualquer semelhança com Jason, não é mera coincidência.

Quem é o Sith?

Na luta com Jackie, finalmente o Lorde Sith perde a máscara e é revelado que ele é Qimir (Manny Jacinto), o boticário que ajudava Mae. Não que seja uma grande surpresa à la Kaiser Soze, de Os Suspeitos, ou algo como As Duas Faces de um Crime, por exemplo. Aliás, Star Wars nunca foi ma série de grandes mistérios ou quebra-cabeças muito complicados. Já no quarto episódio, era quase certo apontar que Qimir seria o Sith, já que ele sai de cena para o vilão depois aparecer.

A revelação traz ainda algumas novas questões para os próximos três episódios de The Acolyte: Qimir conhecia o Mestre Sol (Lee Jung-jae) do passado. O Sith diz que assumiu a própria escuridão e perguntou se o Jedi conseguiria fazer o mesmo. Aliás, Sol quase golpeia o Sith já desarmado, algo que vai totalmente contra os mandamentos da Ordem. Além disso, Qimir diz para Osha não confiar no mestre. Não parece apenas uma jogada do lado sombrio, já que Sol diz para Osha que explicaria tudo para ela. Outra grande questão é: Qimir foi um Jedi e mudou de lado? Quem seria seu mestre, já que pela regra, sempre há dois Sith, um mestre e um aprendiz. Se Osha era a dele, ele foi o aprendiz de quem?

Troca de gêmeas

Ao final do episódio, após um embate entre Osha e Mae, ambas sozinhas na floresta, Mae consegue derrubar a irmã e aproveita que Osha está desacordada para trocar de identidade com ela. Mae então segue com Sol para a nave - e Bazin fareja que há algo estranho -, enquanto Osha, ainda desacordada acaba nas mãos de Qimir - ou seja lá qual o seu verdadeiro nome.

O episódio termina com Mae junto do último nome de sua lista de Jedis e o Lorde Sith dizendo enquanto cobre Osha: “Que seres extraordinários somos. Mesmo na revelação do nosso triunfo, vemos a profundidade do nosso desespero.” The Acolyte ganha um novo respiro com essa virada no tabuleiro e ganha uma nova dinâmica para a reta final que se aproxima.