[Aviso de Spoilers: Caso ainda não tenha visto o sexto episódio e não queria estragar as surpresas, pare aqui]

The Boys chega na reta final desta quarta e penúltima temporada com a sensação de estar cometendo o mesmo erro de sempre: a falta de um vislumbre do fim. Embora a história pareça estar caminhando para, enfim, terminar, essa linha final nunca se aproxima e novos obstáculos são colocados na trama para que ela continue o mesmo jogo de gato e rato entre o grupo liderado por Leitinho (Laz Alonso) e Bruto (Karl Urban) contra Os Sete da Vought.

O sétimo episódio sofre com essa falta de objetividade da série e acrescenta um novo problema para ser resolvido no oitavo e último episódio, que já carrega uma grande possível conclusão para a trama principal do novo ano: o que vai acontecer com Robert Singer (Jim Beaver) e o plano de Capitão Pátria (Anthony Starr), Mana Sábia (Susan Heyward) e Victoria Neuman (Claudia Doumit)?

Logo de cara, o episódio começa com um momento de atitudes extremas de Profundo (Chace Crawford), um personagem que vem se arrastando por várias temporadas e que, agora, parece tomar um novo rumo, querendo se impor como um super-herói forte, de personalidade e não apenas uma marionete na mão do Capitão Pátria. Vemos então o herói matar Ambrosius (Tilda Swinton), o polvo com quem sempre manteve relações e que queria deixar de ser apenas um segredo. Se isso realmente vai levar a uma mudança no personagem, não é nesse episódio que ficamos sabendo.

Profundo e Noir (Nathan Mitchell), inclusive, protagonizam uma boa cena de ação no escritório dos The Boys, onde eles lutam com Luz-Estrela (Erin Moriarty), Kimiko (Karen Fukuhara), Francês (Tomer Capone) - que saiu da cadeia para ajudar, deixando sua prisão ainda mais sem motivo na série -, Bruto e Leitinho. Vemos o novo Noir voando e a dinâmica da luta é divertida de assistir, misturando ação com a comédia. A grande surpresa é que Trem-Bala (Jessie T. Usher) chega para ajudar, revelando de vez que ele é o grande informante do grupo. O herói inclusive conta para Ashley (Colby Minifie) que está decidido a abandonar de vez Os Sete.

O grande ataque de pânico de Leitinho, no episódio passado, também deixa marcas no personagem, fazendo com que ele decida abandonar o grupo, entregando a liderança de volta para Billy. Ele se reencontra com Monique (Frances Turner), sua ex-esposa, e os dois decidem fugir juntos com a filha. Os dois se beijam, mas nada é tão fácil assim. Mesmo com tudo pronto, Leitinho decide não fugir de vez com Monique e volta para ajudar o grupo uma última vez.

Bruto, por outro lado, fica cada vez mais atormentado com as aparições de Kessler (Jeffrey Dean Morgan) e Becca (Shantel VanSanten). Enquanto ele decide colocar Francês e Kimiko para vigiar Sameer (Omid Abtahi) na produção do vírus, é Ryan (Cameron Crovetti) que chama ainda mais sua atenção, com o pedido de Becca para salvar o garoto das mãos do Capitão Pátria. Em um especial de natal, Ryan vai contra os princípios da Vought e d’Os Sete, falando ao vivo com os espectadores que “família não é sua inimiga”. O garoto deixa claro que pensa muito na mãe. É o sinal que Bruto precisa. Entretanto, o mal que o consome desde que tomou o Composto V continua crescendo e o afetando ainda mais, fazendo inclusive com que ele desmaie, sem sabermos se vai acordar.

A relação entre Kimiko e Francês ainda está abalada pela decisão dele de se entregar para a polícia, mas os dois conversam sobre a aparição misteriosa do passado dela, a garota com quem ela lutava no clã. Kimiko conta para Francês o trauma por trás do que aconteceu em uma dessas lutas e que a morte de uma outra garota foi o real motivo para que ela parasse de falar. Os dois se vêem levados ao extremo quando Sameer consegue fugir e aplica a dose do vírus na perna de Kimiko. Desesperado, Francês faz um torniquete para não deixar que a doença mate a heroína e arranca a perna dela fora com um serrote. Mesmo sem Sameer e com Kimiko salva, eles agora têm uma fonte de onde podem tentar replicar o vírus.

No lado do grande vilão da série, Capitão Pátria descobre que os The Boys tiveram contato com Tece-Teia (Dan Mousseau) e por isso conseguiram seu uniforme para se infiltrar na festa de Tek Knight (Derek Wilson). Ele prende o herói nos porões da Vought e - em uma cena que passa do ponto na piada com os poderes do “teioso” - acaba matando Tece-Teia, cortando ele no meio com as próprias mãos, quando percebe que ele mente ao confessar - por medo - que é o informante.

Quando Capitão Pátria descobre que é Trem Bala o responsável e Mana Sábia diz que sabia disso, usando informações erradas para o herói para manter os The Boys longe deles, o líder d’Os Sete a expulsa do grupo. O orgulho e a impulsividade de Capitão Pátria, cada vez mais, parecem sua ruína.

O grande gancho no final do episódio e que coloca mais um problema para a série resolver no seu último capítulo está com Luz-Estrela. Em uma missão com Bruto e Hughie, eles acham planos para que, em 6 de janeiro (não é mera coincidência), os heróis matem Singer quando ele fizer um comício. Assim que encontram os planos, são atacados e acabam lutando contra uma metamorfo, que consegue escapar. Mesmo que pareça repetitivo, dessa vez, tudo faz parte de um plano de Mana Sábia.

Após a missão, descobrimos que a verdadeira Annie está presa em um lugar isolado e aquela que está com Hughie não é uma verdadeira. Ela rouba o notebook no apartamento dos dois.

O que a série prepara para o capítulo final ainda é segredo, mas há um temor entre os fãs de que o final da última temporada possa se repetir. Um desfecho sem força e que desfaz as maiores decisões e consequências desse conflito que parece nunca ter fim.