The Flash: Conheça o quadrinho argentino que inspirou o diretor Andy Muschietti no filme
O cineasta revelou quais HQs inspiraram o novo longa da DC
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Flashpoint pode ser o quadrinho principal que inspirou The Flash, novo filme da DC que acaba de chegar aos cinemas brasileiros. Mas ele não foi o único! Em um papo com jornalistas do qual o Chippu participou, o diretor Andy Muschietti revelou uma HQ argentina que também trouxe inspirações para o longa.
“Tem uma solidão profunda, especialmente no final do filme, que me lembra muito O Eternauta, que é um clássico dos quadrinhos argentinos”, revelou o cineasta, natural de Buenos Aires. “É uma obra prima da ficção científica que também é muito pé no chão”, completou.
The Flash: Andy Muschietti revela segredos da corrida de Barry Allen e viagem no tempo
O Eternauta é uma história em quadrinhos escrita pelo autor argentino Héctor Germán Oesterheld com arte de Francisco Solano López. Foi publicada pela primeira vez na revista Hora Cero Semanal, entre 1957 e 1959. De acordo com Muschietti, a narrativa acompanha “um apocalipse alienígena em Buenos Aires em que há um personagem que lida com a perda da família”.
“É uma história sobre família e perda, que lida com a eternidade e também há uma jornada que ele passa através do espaço-tempo. Agora que eu estou falando, eu vejo ainda mais similaridades do que eu tinha pensado antes”, percebeu Andy, que ainda citou uma semelhança entre as aeronaves dos quadrinhos com a imagem que ele criou para representar os Multiversos em The Flash.
[O trecho abaixo contém spoilers de The Flash, continue lendo por sua conta e risco]
Já dentro da DC, Andy Muschietti citou outros dois quadrinhos: O Flash de Dois Mundos e The Flash (Volume 2) #54, que contém uma frase emblemática do herói vivido ali por Wally West.
“No final do filme, a gente vê o Jay Garrick [o primeiro personagem a se chamar de Flash] correndo no centro em preto e branco. E em O Flash de Dois Mundos, Barry Allen conhece o Jay Garrick, de quem ele é muito fã”, explicou o diretor sobre a semelhança, citando outros nomes que contribuem para a ideia de multiverso trazida pelo quadrinho.
“Há o Nicolas Cage [como Superman], porque aquele mundo existe mesmo que ninguém tenha visto aquele filme porque ele nunca foi feito”, completou, em referência ao longa que traria o ator como o herói, mas que nunca viu a luz do dia.
“Foi o nosso jeito de dizer que, no multiverso, tudo existe junto e separado. Mesmo que aqueles filmes tenham sido feitos há 20, 30 anos, aqueles personagens ainda estão vivos”, afirmou ele.
Já do quadrinho #54 do volume 2 de The Flash, Muschietti tirou a frase “Nobody dies” (“Ninguém morre”), dita pelo jovem Barry no final do filme. “Na HQ, o Flash de Wally West pula de um avião porque há terroristas ali e uma comissária de bordo cai. Ele está tão determinado a salvá-la que pula sem nem saber o que vai fazer, e isso diz muito sobre o Flash enquanto personagem”, explicou o cineasta.