The Flash dá reboot no Universo DC? Entenda o final do filme e a aparição daquele ator
James Gunn disse que esse filme seria um recomeço para a DC. É verdade? Explicamos o final do filme
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Em julho de 2025, um novo universo DC (DCU) começa com a gestão de James Gunn e Peter Safran. Quando Superman: Legacy chegar, estaremos numa nova fase e não há garantia de que os atores e personagens que protagonizaram o DCEU estarão lá. Esse reboot terá alguma explicação dentro do universo ou Gunn e sua equipe vão fazer algo à moda antiga? Segundo o novo chefão, The Flash seria o ponto de recomeço. Agora que o filme está em cartaz, podemos tentar entender se o filme realmente faz isso, e como.
The Flash, de fato, é uma oportunidade perfeita caso o reboot precise de uma explicação dentro da mitologia, e Gunn não queira simplesmente dar uma de 007 trocando de ator e voltando pra estaca zero. Afinal de contas, The Flash é uma história de viagem no tempo. A trama é inspirada num quadrinho que foi usado para dar o reboot na DC Comics, iniciando o universo Novos 52 no começo da década passada. Será a adaptação tão importante quanto o material original?
Para responder essa pergunta, precisamos entrar em SPOILERS. Se não quiser saber, não continue lendo após o trailer!
Explicando o final de The Flash:
No começo de The Flash, a viagem no tempo de Barry Allen (Ezra Miller) gera um novo universo onde Michael Keaton, não Ben Affleck, interpreta Bruce Wayne, onde há uma Supergirl (Sacha Calle) e não um Superman (Henry Cavill), e não existe uma Liga da Justiça. Ao longo do filme, vamos numa daquelas jornadas cheias de paradoxos com Barry voltando para se impedir, lutando contra versões alternativas dele mesmo que também estão viajando no tempo, e fazendo uma bela bagunça.
No ápice disso tudo, vemos diversos universos que incluem versões antigas de heróis da DC, há até pontinhas (recriadas com CGI questionável) de Christopher Reeve e Adam West como Superman e Batman. Esse multiverso está prestes a se chocar quando Barry salva o dia e desfaz a mudança inicial que gerou toda essa mistura, aparentemente voltando tudo ao padrão. O DCEU continua como o normal, com exceção de uma coisa. Barry deixa sua mãe morrer, mas deixa pra trás uma pista que validará o álibi de seu pai para que, no presente, ele seja inocentado.
Trata-se de uma gravação de supermercado que estava corrompida até o uso da tecnologia Wayne nos tempos atuais. Como a filmagem ainda nem tinha sido visto pelo público (ela seria apresentada no julgamento que ainda não aconteceu) Barry imagina que mudá-la não irá alterar o curso da história. De fato, tudo está correndo de acordo com o plano até a última cena do filme. Seu pai é inocentado, os heróis voltaram a existir e Bruce não é mais Michael Keaton. Ele, porém, também não é Ben Affleck.
Na mais chocante cameo de todo o filme, George Clooney, que interpretou o Batman no detestado Batman & Robin (e que deu uma de Andrew Garfield em Sem Volta Para Casa e negou estar em The Flash), aparece como Bruce Wayne. Affleck já tinha dito que estava de saída do DCEU, mas não imaginaríamos que Clooney seria seu substituto.
PERA. O QUE? George Clooney será o Batman do DCU?
Calma. Clooney está no filme como Bruce Wayne (nada de Bat-mamilos aqui) e claramente foi uma adição de última hora (a cena está toda borrada para esconder sua inclusão com CGI). Nosso chute? Como o DCEU está acabando, como um novo Batman está a caminho em The Brave and the Bold, o diretor Andy Muschietti e o próprio Clooney resolveram se divertir.
Clooney já deixou claríssimo não ter muito interesse em voltar para papéis como esse. Se ele topou, foi pela brincadeira. Não podemos descartar nada, mas é muito, muito, muito improvável que ele apareça novamente como Bruce Wayne, especialmente quando o DCU substituir o DCEU. Gunn já disse que Clooney não é seu Batman.
Então The Flash não dá reboot no DCEU?
The Flash certamente muda umas coisas na continuidade, mas dizer que ele dá um reboot completo é um exagero. Clooney pode até entrar como Bruce, mas definitivamente não passamos por uma espécie de reorganização total do universo. O mais provável, porém, é que Gunn use o filme apenas como justificativa para o início do seu DCU graças à ideia apresentada aqui do multiverso.
Assim como Doutor Estranho, Aranhaverso e outros filmes de heróis recentes, The Flash firma o conceito do multiverso como explicação para a existência de outras versões desses personagens. Cada reboot, cada novo ator, cada continuidade é um universo dentro dessa multidão de dimensões paralelas. Gunn pode apenas apontar para The Flash e dizer: meu DCU é um daqueles mundos.
Claro, alguns atores do DCEU podem continuar em seus papéis (pelo visto Xolo Maridueña permanecerá como Besouro Azul), enquanto outros certamente encerrarão seu tempo como os heróis (Affleck, por exemplo). Uma coisa está clara, quando terminamos The Flash, não estamos dentro do DCU de Gunn, ainda.