[Atenção: este post contém spoilers dos episódios 1 a 4 de The Idol]

Quando The Idol estreou seu primeiro episódio na HBO e HBO Max no dia 4 de junho, alguns corajosos que decidiram continuar assistindo à série (incluindo eu) já foram correndo conferir por quantos outros capítulos teriam que aguentar a história criada por The Weeknd e Sam Levinson.

Na ocasião, se você checasse o IMDB, ou sites como Collider e NME, a informação divulgada é a de que a série teria seis episódios. Pois bem, qual foi o meu choque então, quando na madrugada desta segunda-feira (26), após assistir ao quarto capítulo, eu fui conferir a prévia do próximo e vi que seria o season finale.

Não que seja uma surpresa, mas, assim como a história nas telas, os bastidores da série também são uma bagunça. Eles realmente decidiram cortar (ou anunciar o corte) de um episódio inteiro da produção apenas após a estreia. Agora a pergunta que fica é: em cerca de uma hora restante, tem como essa história ter uma boa conclusão?

Por enquanto, The Idol nos apresentou à carreira de Jocelyn (Lily Rose-Depp) após a morte de mãe. Com o luto, a cantora também perdeu o controle da carreira e tenta voltar à música aos poucos. Em meio a isso, ela conhece Tedros (The Weeknd), que parece dar a motivação que faltava para isso.

Só que Tedros tem métodos nada convencionais e bem problemáticos (de abusos verbais a choques e agressões físicas) para dar essa motivação. E o que, em teoria, seria uma produção para expor e criticar os podres da indústria da música, é, na verdade, uma série sobre um culto bizarro, que, em muitos momentos, até se esquece da carreira de Jocelyn.

No episódio quatro, chegamos em um ponto em que Tedros é desmascarado, não por todos os abusos que cometeu (tanto agora, quanto no passado), mas sim por ter um acordo com a antiga dançarina de Jocelyn, Dyanne (Jennie Kim), para que ela o apresentasse à cantora.

A protagonista decide, então, focar seus esforços em uma espécie de vingança pessoal contra Tedros, enquanto ele parece devastado porque ela voltou a se envolver romanticamente com o ex (uma das cenas finais do episódio é ele chorando em frente a um quadro do Prince. Sério.).

Será que é possível que, em apenas um episódio, a série tenha uma reviravolta grande o suficiente para que o personagem de The Weeknd seja denunciado e preso novamente, todo o grupo ache um lar saudável, a carreira de Jocelyn entre nos trilhos e que ela tenha um tratamento adequado para sua saúde mental abalada?

Isso sem contar nos desfechos para a equipe dela que, mesmo sabendo o que está acontecendo, ainda não se moveu o suficiente para ajudar. Honestamente, esse fim satisfatório parece bem longe da realidade.

O mais fácil de acreditar é que The Weeknd e Levinson estavam tão confiantes no sucesso de The Idol que decidiram encerrar a temporada bem no meio da narrativa na esperança de um segundo ano. A má notícia é que, de acordo com o PageSix, as intenções da HBO de renovar a série são baixíssimas.

Mas, se já começou ruim, errada estou eu de esperar um bom final, né?