10 Melhores Filmes de 2023 (Até Agora)

10 Melhores Filmes de 2023 (Até Agora)

De animações a documentários nacionais, passando por grandes autores e diretoras novatas, os 10 melhores filmes de 2023 até agora

Guilherme Jacobs
30 de junho de 2023 - 11 min leitura
Notícias

2023 está oficialmente em sua metade. Com o fim do primeiro semestre deste ano, um ano de retorno à forma para o cinema que estagnou durante dois anos de pandemia e deu seus primeiros passos de volta à vida em 2022, temos a oportunidade perfeita de fazer algo que sempre gostamos: recomendar bons filmes.

A lista abaixo contém os 10 melhores filmes de 2023 que nós já assistimos, em ordem alfabética, e não é um ranking. Ela é uma coleção, um retrato de um ano inacabado cujo começo foi sólido, mas não incrível. Como toda lista de meio de ano, ela certamente passará por grandes mudanças quando for republicada em sua versão final, rankeada, em dezembro. Estamos confiantes que alguns dos títulos listados abaixo estarão aqui continuarão firmes, mas também aproveitamos esse momento para recomendar filmes como o simpático Rye Lane que, provavelmente, não estarão de volta no segundo semestre.

O quão bom foi este começo de ano em filmes? O Top 10 abaixo aponta para um início promissor, com bons lançamentos de diversos tipos, mas também revela algumas mudanças importantes. O cinema de super-herói que dominou os últimos 15 anos nunca pareceu tão digno de suas críticas, e está menos representado aqui do que normalmente seria numa lista limitada. Na verdade, podemos dar um passo além; há menos blockbusters do que o costume.

Por isso, a lista ficou variada. Há títulos nacionais, animações, terror de baixo orçamento e, sim, super-heróis. Há autores de renomes e diretoras de primeira viagem, mas todos os 10 filmes abaixo são dignos de atenção. Antes de listarmos, porém, um aviso: Três longas-metragens aqui ainda não foram lançados no Brasil, mas chegam aos cinemas nas próximas semanas (um deles chega em, literalmente, alguns dias). Tivemos acesso antecipado por causa de festivais e cabines de imprensa, e achamos justo colocá-los já que suas estreias estão próximas.

Uma exceção à nossa exceção é Killers of the Flower Moon, de Martin Scorsese. Assistimos e amamos ao filme em Cannes, mas sua estreia em outubro é longe demais para listá-lo agora. Falaremos sobre ele em dezembro. Por hora, esses são os 10 melhores filmes de 2023 (até agora):


A Morte do Demônio: A Ascensão

A franquia A Morte do Demônio (anteriormente conhecida como Uma Noite Alucinante) tem uma longevidade louvável, especialmente se você considerar que nenhum dos filmes foram sucessos comerciais incontestáveis. Os três primeiros, dirigidos por Sam Raimi, viraram obras cult e veneradas por uma base de fãs ardorosa, a qual permitiu, que após 40 anos, a série fosse revivida mais uma vez, agora com A Morte do Demônio: A Ascensão, de Lee Cronin.

Onde assistir: HBO Max

Asteroid City é uma tragicomédia sobre pessoas enlutadas procurando por respostas. Feito com Steven Spielberg na mente, o filme se passa numa pequena cidade no deserto do Mojave onde, há milênios, um asteroide caiu e deixou uma cratera enorme. Através de um programa de TV sobre uma peça contando os bastidores de outra peça, esta chamada Asteroid City, Wes Anderson reproduz o conceito de histórias dentro de histórias pelo qual vem se apaixonando mais e mais, novamente usando o conceito da obra para informar a estrutura.

Onde assistir: Em cartaz no dia 10 de agosto

Em vez de passar 90 minutos nos enganando num jogo de espelhos, M. Night Shyamalan encara a audiência e lhe encarrega a missão de decidir se o que nos foi revelado em seu novo filme é, ou não, verdade. Devemos avaliar os argumentos à favor da crença e do ceticismo, comparar as descobertas e analisar as provas para enxergarmos os acontecimentos subsequentes à chegada de quatro estranhos na cabana onde Andrew (Ben Aldridge) e Eric (Jonathan Groff), dois homens gays, foram passar as férias com sua filha adotiva Wen (Kristen Cui, uma descoberta). Os invasores trazem uma mensagem de fogo e enxofre. Andrew, Eric e Wen devem, em até 24 horas, decidir qual dos três será voluntariamente sacrificado. Se não o fizerem, o mundo acaba.

Onde assistir: YouTube, Amazon, Apple TV ou Google Play (Aluguel/Compra)

Concebido no cruzamento entre a Avenida Franz Kafka e a Estrada Charlie Kaufman, o mais novo filme de Ari Aster, Beau tem Medo, é simultaneamente o mais distinto de seus três longas-metragens, caindo muito mais no humor e no psicodélico do que ambos Hereditário e Midsommar, e também uma espécie de declaração-mor por parte do artista sobre os temas que parecem não tanto lhe interessar, mas sim assombrar. Num dos maiores exercícios de um cheque em branco do cinema norte-americano neste século, Aster descarrega suas ansiedades e medos.

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Através do Aranhaverso faz isso especialmente com suas imagens espetaculares. Junto desta continuação, o Aranhaverso original parece um esboço; não por ficar retroativamente feio, mas porque o caráter experimental visto em 2018 agora evoluiu para o domínio absoluto da arte. O primeiro filmes de Miles Morales foi o teste, esse é o modelo final. Seja na dimensão aquarela de Gwen Stacy, onde cada emoção parece moldar em tempo real as cores e texturas do ambiente, nos designs marcantes de Pav, o Homem-Aranha Índia, com Hobie Brown, o Homem-Aranha Punk, ou pelas centenas de atrações espalhadas em cada tanto tela, temos diante de nós um banquete visual

Onde assistir: Em cartaz nos cinemas

John Wick sempre foi um homem de poucas palavras, mas nunca tão poucas como em John Wick 4: Baba Yaga. A agora franquia da Lionsgate, prestes a ganhar derivados no cinema e televisão, chega ao seu quarto capítulo com foco completo na ação, deixando um pouco de lado a construção de mitologia dos filmes anteriores e acertadamente simplificando a história do protagonista aos seus movimentos e sacrifícios. Keanu Reeves não deve ter falas com mais de meia dúzia de palavras no filme. Quase sempre é monossilábico, ele domina por completo a tela quando entra em ação - e vê seus coadjuvantes melhorarem ainda mais, pois a adição de Donnie Yen é perfeita.

Onde assistir:YouTube, Amazon, Apple TV ou Google Play (Aluguel/Compra)

O novo Missão: Impossível é outro exemplo do alto nível de ação que a franquia entrega. As 2h40 não pesam, o elenco está mais afinado do que nunca e a adição de Hayley Atwell ajuda ainda mais. A parceria McQuarrie/Tom Cruise se prova, de novo, uma das mais eficientes do cinema moderno. As sequências de ação, assim como em Efeito Fallout, deixam o espectador rangendo os dentes, especialmente a última, que é tensão pura. Além disso, os personagens seguem evoluindo nas cenas e msm que não atinja a excelência do anterior, Acerto de Contas é dos melhores da franquia.

Onde assistir: Em cartaz no dia 8 de julho

Entendendo cinema como exercício de memória — um registro do tempo passado e dos vultos agora esquecidos — Retratos Fantasmas começa com um segmento no apartamento da mãe de Kleber Mendonça Filho, onde o cineasta morou e filmou diversos projetos, para nos introduzir à ideia de uma conexão visceral entre a arte cinematográfica e a crônica de um ambiente. Como ele mudou? O que surgiu nele? Quem passou por ali? Como eram seus arredores? Poético e reflexivo em sua narração, o diretor de Bacurau e Aquarius traça paralelos entre modificações estruturais e pessoais, usando o cinema como ponte entre essas duas vias. Assim, Retratos Fantasmas logo se apresenta como o filme mais pessoal do diretor

Onde assistir: Em cartaz no dia 24 de agosto (14 de agosto em pré-estreia)

Ao longo de leves e prazerosos 80 minutos, Rye Lane nos transforma na vela de Dom (David Jonsson) e Yas (Vivian Oparah). Assistimos enquanto os dois se conhecem logo após terminarem seus respectivos namoros e passeiam de restaurantes a cinemas, reencontram os ex, compartilhando seus medos e acabam, inevitavelmente, criando um tipo de química. Reproduzindo a eletricidade dessa nova amizade, e possível futuro casal, a diretora Raine Allen-Miller transborda de criatividade com cores, músicas e composições.

Onde assistir: Star+

Sick

Do mesmo roteirista de Pânico, Kevin Williamson, esse slasher brinca com a metalinguagem não só do cinema de terror e suspense, como também do COVID-19. Duas amigas se isolam numa mansão para passar a quarentena, e um assassino tenta invadir o local. Com dinamismo e humor, o filme de John Hyams tem reviravoltas inesperadas e sequências de fazer o coração palpitar.

Onde assistir: Amazon ou Apple TV (Aluguel/Compra)

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