Os robôs abriram a San Diego Comic Con com estilo. Transformers - O Início, nova animação da Paramount sobre a famosa franquia da Hasbro, iniciou os trabalhos no Hall H, principal palco do evento, que se estende até domingo e ainda conta com apresentações de O Senhor dos Anéis, DC, Marvel e The Walking Dead. Além do produtor Lorenzo Di Bonaventura e do diretor Josh Cooley (Toy Story 4), subiram ao palco o trio Chris Hemsworth, Brian Tyree Henry e Keegan Michael Key, os dubladores de Optimus Prime, Megatron e Bumblebee, respectivamente.

Como de costume, a Paramount levou um bom conteúdo para o painel, que consistiu em três grandes clipes e um trailer liberado para o público geral depois. O primeiro clipe, que mostrava uma grande corrida, focou na agilidade da animação e como ela vai mesclar o novo estilo gráfico com as cores neons que adornam os robôs - por mais que soe muito diferente do que a série do cinema apresentou, faz sentido no mundo apresentado e mantém as características dos personagens principais enquanto os concede uma humanidade diferente da conhecida.

Os outros dois clipes foram os que mais empolgaram o público - e este que vos fala, mas por motivos diferentes. O segundo, que mostra o grupo ganhando os poderes que os permitem virar veículos, trouxe uma vibe muito Power Rangers para o filme. Enquanto Bumblebee, que aqui fala mais que a boca, é o alívio cômico mais óbvio, Optimus e Megatron se dividem entre ser carrancudos, simpáticos e líderes do grupo, tudo ao mesmo tempo, sem nunca deixar o bom humor de lado. Scarlett Johansson, que dubla Elita, é a mais séria e inteligente do grupo, e aparentemente a que mais se dá bem com os poderes.

Esse ar de camaradagem faz o carisma do quarteto transbordar na tela e, aos poucos, qualquer estranheza causada pelo novo traço começa a ir embora. E para quem, como eu, achava que o filme seria somente uma aventura infantil, o terceiro e último clipe mostra que a transformação de Megatron será impactante e mergulha o filme numa certa obscuridade. Em determinado momento, ele luta contra um líder de tribo e toda maldade conhecida começa a aparecer, e a dublagem de Henry combina bem com a ascensão do vilão, que assusta na medida certa para que o filme atinja todas as idades.