Transformers: Ranking de todos os filmes live-action da franquia

Transformers: Ranking de todos os filmes live-action da franquia

Qual é o melhor Transformers? Qual é o pior? Nessa lista, avaliamos toda a franquia!

Guilherme Jacobs
8 de junho de 2023 - 6 min leitura
Notícias

Pela primeira vez em cinco anos, há um novo Transformers nos cinemas! Na verdade, se você só contar Bumblebee como um derivado, essa é a primeira vez em seis anos. Uma das franquias dominantes dos anos 2000, em grande parte pela escala explosiva do cinema de Michael Bay, Transformers está (mais uma vez) numa encruzilhada, com a Paramount Pictures lutando para se encontrar e voltar a ser uma garantia de bilheteria.

Mas como qualquer um que assistiu aos filmes da saga pode confirmar, Transformers está longe de ser uma garantia de qualquer coisa. O primeiro, de 2007, foi um dos fenômenos da sua década em termos de blockbusters, e até o fim da trilogia inicial, havia uma expectativa grande em torno dos lançamentos. Bay, diga o que quiser, sabia fazer um evento. Batalhas, robôs, Megan Fox em seu auge, uma música de Linkin Park nos créditos. De certa forma, Transformers capturou o zeitgeist da época, e revisitar aqueles filmes é quase uma viagem no tempo para um período muito específico (e um pouco machista).

Das músicas à apreciação militar, do elenco ao patriotismo, das explosões aos efeitos especiais, é fácil encontrar elementos que envelheceram bem e que envelheceram bem mal. Muito disso determinará a posição de cada filme nesse ranking. Sem mais delongas, vamos lá:


7) Transformers: O Último Cavaleiro

Em sua mais estranha ideia, Transformers tentou aliar sua mitologia à lenda Arturiana neste filme que inclui um dragão robótico, o mago Merlin (vivido por Stanley Tucci, em seu segundo papel nessa saga) aparece, e Sir Anthony Hopkins é explodido por Megatron. Infelizmente, esse humor acidental é o auge de um blockbuster inflado, confuso e sem personagens cativantes.

Tome um shot cada vez que Mark Wahlberg reclamar da sexualidade de sua filha menor de idade neste filme, e outro toda vez que Michael Bay filmar a menina de uma forma objetificada. Os dinobots de A Era de Extinção são legais, mas não o suficiente para salvar esse filme de mais uma trama incompreensível, ainda mais voltada para o lado militar da coisa, e é difícil perdoar um roteiro que inclui um personagem que carrega em seu bolso uma cópia de uma lei que lhe permite namorar pessoas de menos de 18 anos.

Vindo logo após o sucesso do primeiro filme, A Vingança dos Derrotados é o primeiro indício de como Transformers iria perder seu ar de aventura Spielberg-iana e se transformar numa propaganda do exército mascarada como filme de brinquedos dos anos 1980. As sequências finais até oferecem a Bay a chance de mostrar seus méritos como diretor de ação, mas essa é uma daquelas continuações que joga fora as qualidades do original.

Competente mas sem inspiração, O Despertar das Feras morre pelos diálogos expositivos (um marco da franquia) e ação sem inspiração. Bay pode exagerar demais às vezes, mas pelo menos sua abordagem chama a atenção. Nas mãos de Stephen Caple Jr., as sequências bombásticas se tornam inertes. Aproveitando pouco os Maximals e a estética dos anos 1990, O Despertar das Feras é uma volta à cansativa fórmula que um dia quase matou esses filmes.

O mais apocalíptico filme de Transformers. Talvez pensando que o fim da trilogia seria seu fim como chefe desse mundo, Bay solta as amarras e deixa seus instintos tomarem conta. O resultado é para o bem e para o mal. Em termos de destruição, poucos filmes chegam na escala desse. É verdade que o barulho eventualmente se torna apenas ruído, mas O Lado Sombrio da Lua é um experimento interessante do que acontece quando um cineasta se joga em suas tendências.

Misturando a ação e dinamismo de Bay com um senso de aventura infantil digno de seu produtor, Steven Spielberg, o primeiro Transformers ainda diverte, mesmo tendo os defeitos típicos dessa franquia. Trabalhando esses exageros como uma jornada de descoberta, ficção-científica alienígena e juventude, Bay encontra a forma certa de pautar Transformers em sua assinatura. Transformers sempre tentou repetir essa ideia, seja com personagens crianças ou outros jovens, mas nenhum protagonista funcionou como o irritante, mas competente Sam Witwicky (Shia LaBeouf, lembra dele?)

Apoiando-se na diversão, com muito coração, oitentista e intimista em doses iguais, Bumblebee é um charme. Travis Knight entendeu Transformers mais do que qualquer outro diretor a passar por esses filmes. Ao lado de uma ótima protagonista em Hailee Steinfeld, ele compôs uma história que troca a ação pelo deslumbramento. Usando a fórmula de uma história de amadurecimento, esse filme traça um laço comovente entre sua protagonista e o Autobot mais fofo de todos. É uma pena não termos mais disso.

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