Em entrevista ao Chippu, no entanto, Daniel Lieff revelou que, inicialmente, a produção acompanharia um terceiro tempo distinto. “A gente tinha um mais passado do que o passado”, revelou o diretor.

Ele ainda contou o que estaria nessa linha alternativa: “Ela explicava um pouco a relação [entre os personagens]. Então, explicava sobre o Júlio [Eucir de Souza] e a Dora [Stella Rabelo], falava como a Ana [Luana Nastas] e o Eric [Michel Joelsas] começaram a namorar”, detalhou.

A decisão de retirá-la do roteiro, entretanto, veio justamente da possibilidade de confundir a audiência. “Ia ficar um ping pong de tempo que ia mais confundir o espectador do que fazer a história andar para frente”, explicou Lieff.

Para a confusão não acontecer entre as duas linhas do tempo restantes, no entanto, o diretor recorreu principalmente às cores. “A gente fez o passado mais saturado, com mais cores, com mais vivência para a gente ver uma viagem acontecendo do começo ao fim. Já o presente, que é a investigação, é mais triste, é mais frio, é mais cinza, é pós-morte”, descreveu.