William Friedkin, lendário diretor de O Exorcista e Operação França, morreu aos 87 anos. A causa da morte não foi revelada.

Uma das grandes vozes da Nova Hollywood nos anos 1970, Friedkin foi, junto com Francis Ford Coppola, John Frankenheimer, Brian De Palma e outros autores da época, um dos grandes responsáveis por moldar a imagem do cinema norte-americano moderno.

Friedkin foi duas vezes indicado ao Oscar de Melhor Diretor. Primeiro, quando venceu em 1972, pelo suspense policial Operação França, estrelado por Gene Hackman. Em parte por ter dirigido o que é para muitos a melhor perseguição de carros já vista no cinema, Friedkin ajudou o filme a obter um enorme sucesso na época, mas seu grande blockbuster veio logo depois, com O Exorcista, pelo qual também foi indicado ao prêmio, desta vez perdendo.

Em 2023, O Exorcista completa 50 anos.

A carreira de Friedkin, depois, teve grandes altos e baixos. Ele se dedicou, durante anos, a documentários, e em tempos recentes voltou para o mundo do exorcismo para dirigir um filme, O Diabo e o Padre Amorth, no qual ele gravou um suposto exorcismo real. Alguns de seus projetos receberam aprovação de críticos e audiência. O Comboio do Medo, de 1977, é considerado uma pérola escondida da década de 1970. Parceiros da Noite, com Al Pacino, é um dos grandes suspenses eróticos dos anos 1980. Em 2006, ele retornou ao terror com Possuídos. Killer Joe, com Matthew McConaughey, foi um dos longas mais polêmicos da última década.

Este ano, Friedkin retornaria à telona com um último filme: The Caine Mutiny Court-Martial. O filme tem Kiefer Sutherland no papel principal e terá sua estreia mundial no Festival de Veneza deste ano, que começa no fim do mês.

William Friedkin foi casado com a âncora Kelly Lange e com as atrizes Lesley-Anne Down e Jeanne Moreau. Ele deixa pra trás sua quarta esposa, Sherry Lansing, e dois filhos.