Se você gosta de chocolates, trabalhar em Wonka seria um sonho. O set de gravação do filme, que estreou nesta quinta-feira (7) nos cinemas brasileiros, contava com um chocolatier para criar todos os doces vistos em tela. E, claro, os atores aproveitaram.

Em coletiva de imprensa da qual o Chippu participou, Keegan-Michael Key falou que comeu muito chocolate nas gravações. Seu personagem, o chefe da polícia, é viciado no doce e, por isso, tem muitas cenas comendo. “O chocolatier criava todos os tipos de chocolates. Eu comi bastante, quase tanto quanto o chefe de polícia, porque tinha que fazer o take várias vezes”, explicou.

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No entanto, parece que eles não enjoaram mesmo depois de meses de gravação. Calah Lane, que interpreta a Noodle, teve uma cena ao lado de Timothée Chalamet, em que eles precisaram entrar em um verdadeiro tanque de chocolate derretido.

"A primeira vez que a gente gravou não era chocolate. Era algum creme ou algo assim, mas, na segunda vez, era chocolate de verdade e foi incrível. Foi muito divertido”, disse a garota de 14 anos, que reforçou: “Eu ainda gosto de chocolate”.

A vilã de Olivia Colman

Quem também se divertiu no set foi Olivia Colman, que interpreta a Sra. Scrubbs, uma golpista que tenta passar a perna em Wonka. "É muito divertido interpretar uma vilã. Eu literalmente aproveitei cada dia. O Paul [King, diretor] é muito colaborativo e deixou eu colocar algumas coisas 'bobas' que eu fazia e achava que nunca entrariam no filme", brincou ela.

Por conta da parceria, o diretor, inclusive, escreveu diálogos novos no roteiro apenas para a atriz. “A Olivia é tão boa. A gente continuou escrevendo e escrevendo e dando mais materiais para ela todos os dias”, elogiou King. “Há muitas piadas sobre cocô que não estavam no roteiro original”, completou Colman, brincando.

A experiência dela foi bem diferente da de Hugh Grant como um Oompa-Loompa. Todo o personagem foi inserido digitalmente no filme e o ator não gostou do processo de gravação. “[Foi] miserável. Horrível. Você veste uma espécie de coroa de espinhos que é bem desconfortável. Eu reclamei bastante dela”, declarou o astro na coletiva de imprensa.

Ele foi recebido por risadas dos colegas de elenco e diretor, mas pareceu realmente incomodado. “É um processo incompreensível. Você coloca isso na cabeça, colocam microfones em você, te prendem com várias fitas diferentes e filmam com 16 câmeras. Eu nem sabia o que estava acontecendo. Eu fazia tudo e depois me pediam pra voltar a cada dois meses durante dois anos. Eu não poderia ter odiado mais”, afirmou.

De acordo com Grant, outro motivo pelo incômodo foi não ter recebido informações sobre o que seria usado dele durante a atuação. “Eu não sabia se devia atuar com o corpo ou não e ninguém nunca me dava uma resposta satisfatória. O que eu fiz com o meu corpo foi terrível e foi tudo substituído por um animador”, finalizou.

As inspirações de Timothée Chalamet

A ideia de Wonka foi contar a história da juventude do personagem tão conhecido de Roald Dahl, 25 anos antes de A Fantástica Fábrica de Chocolate. No entanto, o diretor Paul King quis homenagear a adaptação cinematográfica estrelada por Gene Wilder em 1971.

Para o atual protagonista, a decisão foi um acerto. "Esse filme é meio que uma peça de acompanhamento para o filme do Gene Wilder e traz a ideia de quem ele teria sido como um jovem Willy Wonka. Esses personagens são muito amados e as pessoas os protegem muito, mas quando você tem uma história e um roteiro tão inteligentes quanto esses, a história parece garantida", elogiou Chalamet.

O roteiro, inclusive, foi essencial para ele topar o papel. "Eu já gostava do trabalho do Paul, com os dois filmes de Paddington, e eu estava encantado pela ideia de interpretar Willy Wonka, porque é um personagem amado. Mas já nas primeiras cinco páginas do roteiro, eu vi o quão inteligente era o olhar do Paul nessa história”, completou ele.

Wonka está disponível nos cinemas brasileiros.